A WePink, empresa da influenciadora Virginia Fonseca, enfrenta uma situação complicada com mais de 120 mil reclamações registradas em menos de 2 anos, de acordo com o Ministério Público de Goiás. O promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva destacou que entre os problemas apresentados estão a propaganda enganosa e a censura nas redes sociais, com a exclusão de reclamações legítimas. A ação movida pelo MP visa que a empresa de Virginia pague uma indenização de R$ 5 milhões.
Segundo o advogado da empresa, Felipe de Paula, a WePink ainda não foi citada no processo e, por isso, não teve acesso aos termos da ação. A situação se agrava com a denúncia do Procon, que aponta para práticas abusivas da empresa, como a estratégia de “flash sales” que cria um senso artificial de urgência, induzindo à compra impulsiva e explorando a vulnerabilidade psicológica dos consumidores, especialmente com o uso da imagem da influenciadora.
As reclamações dos consumidores incluem desde a falta de entrega de produtos pagos, atrasos de até sete meses, dificuldade de reembolso, atendimento pós-venda deficiente, exclusão de críticas nas redes sociais até produtos chegando com defeitos. O Ministério Público pediu a suspensão das lives promocionais da empresa enquanto não houver regularização das questões levantadas, além de criar um sistema eficiente de resposta às reclamações.
O MP busca ressarcir integralmente todos os clientes prejudicados pela WePink, além de aplicar multas e indenizações punitivas e educativas, totalizando R$ 5 milhões. A ação destaca a gravidade das práticas abusivas cometidas pela empresa e a necessidade de reparação dos danos causados aos consumidores. A WePink já havia sido notificada pelo Procon anteriormente, com autuações por atrasos e falta de entrega de produtos comprados online.
A defesa da empresa alega não ter recebido notificações anteriores e afirma que não sofre mais com atrasos frequentes. A situação envolvendo a WePink traz à tona a importância da transparência e respeito ao consumidor no ambiente virtual, reforçando a necessidade de práticas comerciais éticas e responsáveis. A empresa de Virginia Fonseca agora enfrenta as consequências de suas ações e espera-se que seja feita justiça para os consumidores lesados.
Por fim, é fundamental que empresas e influenciadores que atuam no meio digital estejam cientes das normas e leis que regem o comércio eletrônico, evitando assim situações como a enfrentada pela WePink. A confiança do público é um ativo valioso e deve ser preservado através de práticas transparentes, respeitosas e condizentes com os direitos do consumidor. A indústria da influência digital deve pautar suas ações no respeito e na honestidade para garantir sua credibilidade e sucesso a longo prazo.




