Empresa do DF lucra R$ 2 mi em meio a denúncias de corrupção

Mesmo denunciada por corrupção, empresa do DF ganha R$ 2 mi em emendas

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os sócios de uma empresa do DF por crimes em um suposto esquema de corrupção que abalou as estruturas do governo do Acre. Essa empresa, que tem sede no Guará, mesmo enfrentando essas acusações, não deixou de receber quantias dos cofres públicos. Nos últimos 12 meses, ela se beneficiou com mais de R$ 2 milhões em emendas parlamentares.

De acordo com registros do governo federal, desde o final do ano passado, a empresa em questão recebeu cerca de R$ 1,4 milhão, com outros R$ 906 mil já empenhados. Os valores dessas emendas estão relacionados a obras em instituições de ensino federais e instalações das Forças Armadas, principalmente em regiões do Distrito Federal e de Goiás.

É importante ressaltar que as empresas que recebem essas emendas não são as responsáveis diretas pelos pagamentos, mas sim as beneficiárias finais. Muitas vezes, essas transações são intermediadas por órgãos públicos, e as companhias acabam sendo os destinatários dos valores.

A denúncia do MPF envolve o governador do Acre, Gladson Cameli, e outras 12 pessoas em um suposto esquema ilícito que teria causado prejuízos de mais de R$ 16 milhões aos cofres públicos. A empresa investigada teria recebido R$ 18 milhões para realizar obras de engenharia, sendo acusada de desvio de recursos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu desmembrar essa denúncia, mantendo apenas a acusação contra o governador, enquanto os outros investigados foram distribuídos para os juízos criminais competentes. O STJ aceitou a denúncia contra Gladson Cameli em maio, tornando-o réu, mas decidiu não afastá-lo do cargo.

A defesa dos sócios da empresa nega as acusações e afirma que eles ainda não são réus na Justiça do Acre. Segundo o escritório responsável, apresentarão todos os elementos necessários para provar a inocência dos acusados. A situação continua em desenvolvimento, com novas reviravoltas e decisões judiciais sendo tomadas. Acompanhe as atualizações para saber mais sobre esse caso que envolve corrupção e desvios de verbas públicas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

População indígena no DF: perfil demográfico e desafios em 2022

O Distrito Federal, ou simplesmente DF, possui uma população indígena de 5.811 pessoas em seu território. Esse número representa aproximadamente 0,2% da população da capital do país, sendo que 3.115 dessas pessoas são do sexo feminino, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (19/12). Entre os indígenas moradores do DF, as mulheres são a maioria, demonstrando o perfil demográfico dessa população no local.

Dentro do total de indígenas no DF, 5.337 vivem em regiões urbanas, enquanto 474 residem em áreas rurais. Nas regiões urbanas, as mulheres se destacam numericamente, com 2.889 representantes, em comparação com os 2.448 homens. Já em áreas rurais, os homens têm uma leve maioria, somando 248 indivíduos em relação a 226 mulheres. Esses dados refletem a distribuição e a composição da população indígena na região.

Em relação ao índice de envelhecimento da população indígena do DF em 2022, foi registrado o valor de 123,5. Isso significa que para cada 100 indígenas com 60 anos ou mais, há 123 indígenas com até 14 anos de idade. Esse índice é um indicador que evidencia a presença de mais idosos do que crianças entre os indígenas da região, conforme aponta o Estatuto da Pessoa Idosa.

Uma informação preocupante revelada pelo Censo é a queda no registro civil de nascimento de crianças indígenas com até 5 anos de idade em cartório no Distrito Federal. Em 2022, das 257 crianças nessa faixa etária, 89,9% foram registradas em cartório, o que representa uma redução em relação ao índice registrado em 2010, que era de 95,7%. Além do Registro Civil de Nascimento (RCN), as famílias têm a opção de obter o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), exclusivo para indígenas sem o documento.

É importante ressaltar que em 2010 apenas 0,7% das crianças indígenas de até 5 anos tinham o Rani, enquanto em 2022 esse número aumentou para 8,6%. Esse dado indica uma mudança no padrão de registro dessas crianças no DF ao longo dos anos. Para se manter informado sobre o que acontece no Distrito Federal, siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram e receba notícias diretamente em seu Telegram. Em caso de denúncias ou sugestões de pauta, entre em contato através do WhatsApp do Metrópoles DF.

A população indígena é parte importante da diversidade e do perfil demográfico do Distrito Federal, e é fundamental que políticas públicas e ações sejam direcionadas para atender às necessidades e demandas desse grupo específico. O acompanhamento e a análise desses dados são essenciais para auxiliar na formulação de estratégias e políticas que promovam a inclusão e o bem-estar desses cidadãos indígenas no DF.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp