Uma empresa sediada em Três Rios acabou sendo alvo de uma operação da polícia por revender 800 toneladas de carne podre que havia sido submersa durante uma enchente em Porto Alegre. Segundo informações da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), os responsáveis pela companhia alegavam que a carne seria utilizada na fabricação de ração animal, no entanto, acabaram vendendo o produto para outras empresas.

A Operação Carne Fraca teve início na última quarta-feira (22) e resultou na prisão de um dos sócios da empresa em questão. As investigações apontaram que, entre maio e junho do ano anterior, os proprietários adquiriram uma grande quantidade de carne bovina estragada que permaneceu submersa em Porto Alegre durante dias. O caso chamou a atenção das autoridades pela gravidade da situação.

A intenção inicial de utilizar a carne para a fabricação de ração animal foi abandonada em troca de lucro financeiro. O grupo comercializou o produto para consumo humano, obtendo um lucro superior a 1.000%, através de transações com outras empresas. Essa conduta irresponsável representou um grande risco para os consumidores de todo o país.

Durante a ação policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos responsáveis pela empresa e na sede da mesma. Produtos impróprios para consumo foram encontrados em um dos endereços, o que resultou na prisão do sócio por crime contra a saúde pública. A gravidade do caso pode acarretar em consecutivas acusações, inclusive associação criminosa e corrupção de alimentos.

Os envolvidos na investigação podem vir a responder por diversos crimes, como receptação, adulteração de produtos alimentícios e formação de associação criminosa. A dimensão do caso sugere que seus efeitos tenham alcançado consumidores de diversas regiões do Brasil, o que reforça a necessidade de medidas severas por parte das autoridades competentes. A atuação da Decon-RJ e do Decon do Rio Grande do Sul demonstra o empenho na apuração desse escândalo que chocou a população brasileira.