Empresa Sattrack é alvo de operação da PF em Londrina por irregularidades no setor de seguros

A empresa Sattrack, sediada em Londrina, foi alvo da Operação Little Mouse realizada pela Polícia Federal (PF-PR) nesta segunda-feira (9). A ação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em unidades da empresa localizadas no Jardim Santa Mônica e na Zona Norte da cidade. A investigação apontou que a Sattrack oferecia serviços de rastreamento de veículos com características de seguro veicular, sem a devida autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pela regulamentação do setor.

Durante a operação, materiais foram apreendidos e encaminhados para análise, com determinação judicial para compartilhamento de informações com a Receita Federal e a Susep. Caso seja comprovada a fraude, os responsáveis pela empresa poderão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, com penas que variam de um a quatro anos de prisão. Além disso, a Susep poderá adotar medidas administrativas contra a empresa, visando garantir a proteção dos consumidores e a integridade do mercado de seguros.

O delegado da PF Marcello Diniz Cordeiro destacou a importância do controle do setor de seguros para evitar prejuízos aos consumidores. Ele ressaltou que empresas que operam no ramo sem cumprir as exigências legais podem impactar negativamente no mercado, envolvendo até órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon, em casos de possíveis indenizações. A Sattrack, por sua vez, emitiu uma nota por meio de seu advogado, afirmando estar tranquila e cooperando com as autoridades na investigação.

Em resposta às reclamações de segurados recebidas por meio de sites de reclamação, como o Procon, a PF orienta os consumidores que contrataram os serviços da empresa investigada a verificarem a autenticidade junto aos órgãos competentes. O nome da operação, Little Mouse, faz referência a um equipamento utilizado no rastreamento de veículos de criminosos, conhecido como “ratinho”. A ligação com o crime reforça a seriedade da investigação e a necessidade de combater práticas ilegais no setor.

Diante do ocorrido, a Susep e demais órgãos reguladores continuam atentos à fiscalização das empresas do ramo de seguros, visando assegurar a transparência e a legalidade das operações. A colaboração das autoridades, dos consumidores e das próprias empresas é essencial para manter a integridade do mercado e a confiança dos segurados. A operação Little Mouse demonstra a importância de um controle rigoroso e responsável no setor de seguros, garantindo a proteção dos consumidores e o cumprimento das leis vigentes.

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Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

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