Empresária é condenada a 9 anos de prisão após matar mulher atropelada

Após o júri popular que ocorreu na última sexta-feira, 29, Murielly Alves Costa foi condenada a 9 anos e três meses de prisão. A sentença ocorreu pelo assassinato de Bárbara Angélica Barbosa Silva, e também pela tentativa de homicídio contra Kamyla Lima Canedo.

A sentença durou mais de 10 horas. Os jurados avaliaram que a empresária agiu sob o domínio de violenta emoção contra Bárbara, além das lesões sofridas por Kamyla.

“Os jurados reconheceram que a ré agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima. Por consequência, a qualificadora do motivo fútil ficou prejudicada”, diz trecho do documento do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

Relembre o caso

No dia 21 de abril de 2022, Murielly chegou de carro a uma distribuidora de bebidas e iniciou uma discussão com as pessoas que estavam no estabelecimento. Kamylla e Bárbara pediram para que a empresária fosse embora, e com isso começou uma briga.

Através de câmera de segurança, depoimentos de testemunhas e apurações da perícia, a polícia concluiu que, depois da desavença, a empresária bateu o carro nas vítimas, atingindo Kamylla.

Em seguida, Bárbara foi até o carro que Murielly estava conduzindo e colocou metade do corpo dentro do veículo, tentando fazer com que a empresária parasse. Então, a acusada engatou a ré e prensou a vítima contra a parede do estabelecimento e contra uma pilastra na calçada. Bárbara caiu no chão e morreu, já Kamylla ficou com ferimentos.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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