Empresária morre após passar por seis cirurgias plásticas simultâneas

Uma empresária de 24 anos, identificada como Viviane Lira Monte, faleceu após submeter-se a seis cirurgias plásticas realizadas simultaneamente em Sobral, Ceará. Família de Viviane afirma que houve negligência médica por parte do profissional que realizou os procedimentos.

Viviane passou por um conjunto extenso de procedimentos cirúrgicos, incluindo mamoplastia redutora, lipoaspiração no abdômen, braços, costas e pescoço, além de lipoenxertia glútea. Essas cirurgias, realizadas em uma única sessão, envolveram várias áreas do corpo, o que é altamente incomum e arriscado de acordo com os padrões médicos.

Segundo familiares, a empresária havia procurado outros especialistas para realizar as cirurgias, mas nenhum deles aceitou fazer tantos procedimentos simultaneamente devido aos riscos envolvidos. O médico que finalmente aceitou realizar as cirurgias teria sido imprudente e negligente, iludindo Viviane sobre a viabilidade e segurança dos procedimentos.

Após as cirurgias, que durou cerca de 8 horas, Viviane relatou sintomas de fraqueza, dores e pressão baixa. A família decidiu levá-la para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município, um dia depois que o procedimento ocorreu.

A empresária foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com embolia pulmonar. Ela ficou no local por quase um mês, vindo a falecer um dia antes do aniversário após uma parada cardíaca. As complicações decorrentes dos procedimentos foram fatais, destacando os riscos extremos associados a múltiplas cirurgias plásticas realizadas simultaneamente.

“Ele viu que ela estava mal e foi pro Rio de Janeiro, abandonou ela, não deu suporte. Quando entrei em contato dizendo que ela estava grave na UTI, ele dizia que ela ia ficar bem, que era só questão de tempo, que ia dar certo e me acalmava”, disse o marido da mulher.

A Secretaria de Saúde do Ceará informou que a família de Viviane registrou um boletim de ocorrência, e o caso está sendo investigado pela Delegacia Municipal de Sobral. A investigação visa esclarecer se houve negligência médica e quais foram as circunstâncias exatas que levaram à morte da jovem empresária.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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