Empresária suspeita de vender remédios para emagrecer gerenciava grupo na internet com 2 mil pessoas, diz polícia
Ana Paula Ferreira divulgava os remédios para emagrecer em suas redes sociais. A polícia divulgou a identidade dela e do marido, Geovanny Magalhães Ferreira, em busca de mais vítimas.
Ana Paula Ferreira, empresária presa suspeita de vender falsos remédios para emagrecer, gerenciava um grupo na internet com 2 mil pessoas, segundo a Polícia Civil. De acordo com as investigações, dezenas de pacientes relataram que compraram os produtos e tiveram efeitos colaterais. Uma das pessoas que tomou o medicamento foi hospitalizada com graves problemas gastrointestinais.
A empresária e o marido, Geovanny Magalhães Ferreira, permanecem presos. A polícia decidiu divulgar a identidade dos investigados para tentar identificar mais vítimas do casal.
“A divulgação da qualificação e imagens dos detidos e produtos por eles comercializados visam o conhecimento do público, com finalidade de identificar novas vítimas, bem como dar publicidade aos fatos para que outras pessoas não consumam os medicamentos”, diz o comunicado da Polícia Civil.
O DE não localizou a defesa dos acusados para pronunciamento até a última atualização desta reportagem.
A ‘Operação Placebo’ levou ao fechamento de um laboratório clandestino na casa dos investigados em Goiânia, no dia 3 de abril, que funcionava fora das normas da Vigilância Sanitária. O caso chegou à Polícia Civil após uma denúncia, quando Ana Paula anunciou uma versão oral de um medicamento vendido de forma subcutânea por uma grande empresa farmacêutica.
Segundo a Polícia Civil, a empresária divulgava os medicamentos em perfis nas redes sociais. Nas publicações ela aparece em vídeos e fotos com as cápsulas, que ela dizia serem naturais, e se chamava de ‘Rainha do Emagrecimento’.
Além disso, Ana Paula publicava diversas fotos em comparações de antes e depois com resultados alcançados com um ‘protocolo’ desenvolvido por ela. Em um dos vídeos postados, ela diz que a prova da eficiência dos medicamentos era a sua perda de peso.
Ana Paula também teria exposto sua filha, criança autista, para divulgar os remédios em redes sociais, o que agravou sua conduta. Ela e o marido respondem por falsificação, corrupção, adulteração e alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.