Quanto tempo meu corpo vai aguentar?’, empresário que ficou 19 horas à deriva relembra aflição após cair de moto aquática no RS
O acidente que deixou o empresário Sidnei Junior Lipert à deriva por 19 horas nas águas da Lagoa dos Quadros, em Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, há duas semanas, ainda é uma lembrança marcante em sua vida. Lipert, após cair de uma moto aquática, enfrentou momentos de aflição e solidão até ser resgatado. O sobrevivente compartilhou seu relato sobre o que viveu durante esse período.
Durante o período entre o fim da tarde de domingo (14) e a manhã de segunda-feira (15), Lipert se viu enfrentando o desconhecido na imensidão da Lagoa dos Quadros. A pergunta que martelava em sua mente era: “Quanto tempo meu corpo vai aguentar?”. A incerteza e o desafio da situação foram extremos para o empresário.
Ele caiu da moto aquática enquanto atravessava a lagoa e, sem conseguir retornar ao equipamento que foi levado pelo vento, Lipert se viu à deriva, boiando com um colete salva-vidas. O acidente foi resultado de um descuido, conforme relatado pelo próprio empresário. A sensação de solidão e vulnerabilidade tomou conta dele enquanto esperava por resgate.
A tentativa de nadar até a margem se mostrou infrutífera para Lipert, que viu suas forças se esgotando gradualmente ao longo das horas. A distância até a segurança parecia intransponível, com 6 km em cada direção. O cansaço, a fome e o frio aumentavam a cada minuto, enquanto ele buscava sinais de ajuda à distância.
As equipes da Patrulha Ambiental da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas assim que o desaparecimento do empresário foi percebido. Após 17 horas à deriva, o soldado Rafael Bueno, em uma decisão acertada, ampliou a área de procura e avistou Lipert, exausto, mas vivo. A sensação de alívio e felicidade tomou conta de todos no momento do resgate.
Após ser resgatado, Lipert foi encaminhado para atendimento no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, onde pôde receber os cuidados necessários após o episódio de sobrevivência extremo. A experiência vivida pelo empresário serviu de alerta sobre a importância da cautela e dos cuidados ao praticar esportes aquáticos, reforçando a fragilidade e imprevisibilidade da natureza.
