Empresário alega ter intermediado contrato com a VaideBet e cobra R$ 8,4 milhões do Corinthians
Sandro dos Santos Ribeiro ingressou com processo contra o clube nesta quinta-feira
Testemunhas do caso Vaidebet x Corinthians dão entrevista pela primeira vez
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O empresário Sandro dos Santos Ribeiro ingressou nesta quinta-feira com um processo contra o Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] cobrando R$ 8,4 milhões por supostamente ter intermediado o contrato de patrocínio do clube com a casa de apostas VaideBet.
O acordo foi fechado no início do ano passado, mas acabou rompido após seis meses justamente por suspeitas em relação ao pagamento da comissão. O caso resultou num inquérito policial, que indiciou o presidente afastado do Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/], Augusto Melo, e outros ex-diretores do clube.
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No contrato, a intermediação do patrocínio foi atribuída à empresa Rede Social Media Design, que pertence a Alex Cassundé, profissional que participou da campanha eleitoral de Augusto Melo.
No documento, ficou estabelecido que a Rede Social Media Design receberia R$ 25 milhões em comissão. Porém, após o pagamento de duas parcelas de R$ 1,4 milhões, os repasses foram interrompidos.
Investigação da Polícia Civil apontou Sandro dos Santos Ribeiro como o verdadeiro intermediário do acordo, junto de Washington de Araújo Silva e Antônio Pereira dos Santos, conhecido como Toninho Duettos (entenda abaixo as provas colhidas no inquérito).
Armando Mendonça, vice-presidente do Timão, comentou a ação de cobrança:
– A ação é mais um prejuízo financeiro e para a imagem do Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] provocado pelo Augusto Melo. Entendo que ele e seus comparsas devam ser responsabilizados judicialmente. Os corintianos não podem deixar uma pessoa dessa voltar à presidência – declarou.
O valor cobrado por Sandro na Justiça é referente a um terço da comissão de 7% sobre o montante total do contrato (R$ 360 milhões).
Procurados, o Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] e o presidente afastado Augusto Melo não se manifestaram até o momento. A reportagem será atualizada quando eles se pronunciarem.
O QUE A POLÍCIA DESCOBRIU
Após um ano de investigações, a Polícia Civil chegou à conclusão que Alex Cassundé não participou de qualquer intermediação do contrato entre Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] e VaideBet.
Diante de provas documentais, como fotos e um vídeo, e dos depoimentos do dono e de um diretor da casa de apostas, os investigadores concluíram que Sandro, Toninho Duettos e Washington de Araújo foram os verdadeiros intermediários.
Nome próximo da gestão Augusto Melo, Washington, em mensagem particular no Instagram, apresentou a Sandro uma oportunidade de negócio ainda em maio de 2023; no caso, o patrocínio para o Corinthians [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/], em caso de vitória na eleição.
De acordo com relatório da Polícia, em 27 de dezembro, Sandro Ribeiro, Toninho Duettos e José André da Rocha Neto (sócio da VaideBet) se reuniram em um hotel de São Paulo com Augusto Melo e Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do Timão. Washington, em depoimento, afirmou que não foi à reunião por determinação de Sérgio Moura.
No dia da reunião, Sandro gravou um vídeo com Augusto Melo, no qual Marcelo Mariano aparece no fundo. A imagem contradiz o descrédito ao trio a partir dos depoimentos do presidente afastado do Timão e do ex-diretor administrativo.
A Polícia ainda registra um post do Instagram Stories de Sandro. Segundo o relatório, logo após o fechamento do contrato, o “verdadeiro” intermediário fez um registro de agradecimento a Washington, Toninho e Augusto Melo, com direito a uma camisa personalizada.
Toninho e Sandro ainda posaram para fotos com Augusto Melo no dia da posse, em 2 de janeiro, o que as autoridades reforçam como contradição às versões que colocavam Alex Cassundé no negócio.