Empresário de Campinas voa de paramotor por maravilhas do mundo, do Cristo às pirâmides: Veja as aventuras de Yanis Terzis!

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De Cristo a templo proibido: empresário sobrevoa maravilhas do mundo com paramotor e já foi para delegacia após pouso no Egito

Com 28 mil seguidores, Yanis Terzis, de Campinas (SP), compartilha imagens de cidades e pontos turísticos vistos ‘das nuvens’.

Das pirâmides ao Cristo: empresário de Campinas registra voos de paramotor pelo mundo

Qual lugar você sonha em conhecer? Talvez você responda o Cristo Redentor, as pirâmides do Egito, e até mesmo passear pelas ruas da Itália, ou pelas dunas dos Lençóis Maranhenses e de Jericoacoara. Mas já pensou em ver esses lugares de cima – e sem estar em um avião?

Yanis Terzis, morador de Campinas (SP), observa as luzes da cidade de outro ângulo desde 2012, quando começou a voar com parapente. Acompanhado de uma câmera, o empresário de 38 anos compartilha a vista (e as aventuras) em uma conta no Instagram, onde acumula mais de 28 mil seguidores.

Em entrevista para o DE, o parapentista contou sobre as experiências únicas que teve durante os 12 anos em que pratica o hobby, que vão desde apreciar paisagens paradisíacas até ser parar em uma delegacia no Egito por ter pousado no Templo de Ísis.

A primeira cidade que Yanis viu do alto foi São Pedro (SP), onde teve a primeira experiência com o parapentismo e acabou se apaixonando pelo esporte radical. “Eu gostei da brincadeira. Procurei um instrutor, comecei a fazer o curso em São Pedro. Depois, fiquei um ano em Natal (RN). Lá que eu aprendi a voar mesmo”, conta.

Após sobrevoar as dunas do Nordeste, o empresário continuou se aventurando pelos céus de Campinas, só que com mais bagagem. Nessa mesma época, ele adquiriu um paramotor – versão do equipamento acoplado a um motor e que não depende exclusivamente do vento. “Paramotor te dá mais autonomia, né? Você consegue decolar do chão e ir voando praticamente para onde você quiser. É diferente do parapente que você fica limitado às condições climáticas”, explica.

Yanis já sobrevoou cidades da Itália, Grécia e do Vietnã, além de ter visto de perto o topo de uma milenar pirâmide do Egito. Entre as maravilhas do mundo, o empresário também observou o Cristo Redentor. Mas, apesar das aventuras, o empresário diz que ainda não fincou o alfinete em lugares suficientes do mapa. Atualmente, o objetivo é sobrevoar a Muralha da China, mas o maior sonho é chegar ao topo da Torre Eiffel.

O local, porém, não permite a prática do paraglider – esporte em que o paramotor e o parapente são usados.

Nem todas as aventuras foram livres de perrengues e tensão, mas sempre renderam grandes histórias. “Hoje em dia a gente dá risada, mas na época foi uma situação bem complicada”, diz o empresário.

Em 2021, Yanis participou de um evento em uma ilha em meio ao Rio Nilo, no Egito. Enquanto sobrevoava o Templo de Ísis (Philae), o motor do equipamento quebrou. “Eu vi um templo e falei, olha, que legal aquele templo. Fiz umas manobrinhas e quando comecei a chegar perto a minha hélice do motor quebrou. Aí eu tinha a opção de pousar na água — que não é uma boa alternativa porque você corre risco de morrer afogado —, ou pousar dentro do templo, que era a melhor alternativa”, explica.

O empresário fez uma curva longa e pousou dentro do templo. Rapidamente, uma equipe de guardas e seguranças armados se aproximaram dele. “Eles vieram falando em árabe. Eu não conseguia entender e fiquei tentando explicar e gesticular que tinha quebrado a hélice do motor. Eles estavam meio bravos”.

Com sorte, um comandante que entendia inglês apareceu, compreendeu o empresário, e conseguiu entrar em contato com os organizadores do evento que Yanis participava. Mesmo assim, ele precisou ir à delegacia registrar um boletim de ocorrência. “Eles devem ter pensado que poderia ser um ataque terrorista. O Egito teve um passado de muitos atentados, então se os caras me viram voando de paramotor e indo em direção ao templo, eles poderiam muito bem ter atirado em mim”, conta.

Durante o isolamento social na pandemia de 2020, o empresário sobrevoou pontos turísticos da cidade natal vazios. Mais que qualquer local estrangeiro, o céu da região de Campinas é o mais familiar. Habitualmente, Yanis pratica o esporte nos arredores do Jardim Nilópolis.

“Gosto muito de fazer manobras, sou muito ligado na adrenalina. […] É a adrenalina que faz eu ter o vício no voo”, diz.

**Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos**.

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