Empresário é preso após simular própria morte e assassinar morador de rua em SC

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Empresário é detido após matar morador de rua, amputar dedo e simular a própria morte em SC

De acordo com informações da Polícia Civil, um homem de 41 anos foi preso na última sexta-feira (28) sob a suspeita de ter simulado o próprio desaparecimento e, em seguida, tentado forjar sua morte em duas ocasiões, além de ter organizado uma farsa de tortura contra si mesmo. Os delitos aconteceram na cidade de São Cristóvão do Sul, na Serra catarinense. Um outro indivíduo, de 38 anos, também foi detido, embora sua participação não tenha sido detalhada.

Segundo o delegado Fabiano Toniazzo, durante uma das encenações, um morador de rua foi assassinado. O empresário, identificado como Edilson Peter, chegou a cortar parte de um dedo e a retirar dois de seus dentes para dar veracidade à simulação de um crime de tortura que teria sido cometido contra ele.

O homem, cujo nome não foi divulgado, é investigado por práticas de estelionato em outro processo policial, envolvendo golpes aplicados em clientes da sua empresa de placas de energia solar. De acordo com o delegado, ele teria tentado forjar o próprio homicídio motivado por questões financeiras.

A investigação em curso pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Curitibanos já traçou uma linha do tempo dos acontecimentos. No dia 12 de fevereiro, foi reportado o suposto desaparecimento do empresário, dando início às investigações. Três dias depois, a caminhonete do homem foi encontrada queimada, com um corpo carbonizado dentro, levando a crer que ele teria sido vítima de homicídio.

Posteriormente, ao perceber que o corpo seria submetido a exame de DNA, o empresário tentou novamente forjar sua morte, divulgando um vídeo em que aparentava estar sendo torturado. O corpo encontrado no veículo foi identificado como sendo de um morador de rua da região. O empresário e seu comparsa são suspeitos de envolvimento no homicídio.

Durante a farsa, supostos sequestradores entraram em contato com parentes do empresário e veículos de imprensa locais, enviando vídeos de uma simulação de tortura contra Edilson. Nas imagens, é mostrado um dedo sendo amputado. Na mesma noite, um pedaço do dedo e dois dentes foram arremessados contra a residência da namorada do empresário.

Com base nos novos elementos trazidos à tona, a Polícia Civil confirmou que o corpo encontrado no carro não pertencia ao empresário. Após a identificação do falecido como Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, a investigação passou a se concentrar na busca por desaparecidos na região.

O empresário e seu cúmplice foram localizados em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, após a decretação de prisão preventiva e busca e apreensão nos endereços ligados a eles. Durante o interrogatório, optaram por permanecer em silêncio e foram encaminhados ao sistema prisional. O nome do parceiro, que possui histórico criminal por homicídios, não foi revelado.

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