Empresário é preso por aplicar golpes e causar prejuízos de mais de meio milhão

A Polícia Civil (PC) prendeu um empresário, dono de uma loja de pisos e acabamentos, suspeito de aplicar golpes de mais de meio milhão de reais em clientes em Goiatuba, no Sul de Goiás. Segundo a corporação, 26 pessoas procuraram a delegacia para registrar ocorrência.

A prisão aconteceu na noite de quinta-feira, 2, após as polícias civil e militar conseguirem informações de que o homem teria saído de Goiatuba para Uberlândia (MG).

A PC divulgou a foto de Danilo Vergilio da Silva para que outras pessoas, que teriam sido vítimas dos golpes, procurem a delegacia. Até a última atualização desta reportagem, o Diário do Estado não conseguiu localizar a defesa do empresário para que se posicionasse.

A corporação foi procurada por clientes de uma empresa afirmando que teriam adquirido algumas mercadorias, porém não as recebeu. O proprietário teria abandonado a loja, de forma repentina e inesperada, sem dar qualquer satisfação.

Os clientes contaram que Danilo oferecia pisos com preços muito abaixo do valor de mercado, o que os chamava atenção e acabavam fazendo a compra. O investigado afirmava aos clientes que conseguia tais preços em razão de realizar a compra à vista e direto da fábrica, convencendo assim os clientes a efetuarem o pagamento adiantado dos pisos. No entanto, mesmo após serem pagas, as mercadorias não foram entregues. O prejuízo às vítimas supera meio milhão de reais.

Ainda de acordo com a PC, foram feitas buscas e apreensões contra o empresário, além do pedido de bloqueio de bens. Danilo foi levado para o Presídio de Goiatuba, onde segue à disposição da Justiça.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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