Empresário é preso suspeito de praticar grilagem de terras

Um empresário foi preso suspeito de chefiar um esquema de grilagem de terras, em Formosa, município no entorno do Distrito Federal. D’artagnan Costamilan falsificava documentos e assinaturas de pessoas mortas para conseguir terrenos. Ele estava foragido há aproximadamente um mês e foi localizado na quarta-feira, 16, no Rio Grande do Sul.

Informações do Ministério Público de Goiás (MPGO) apontam que D’artagnan teria movimentado um valor superior a R$ 40 milhões durante 10 anos em Formosa. O empresário teria ainda falsificado ao menos oito contratos de compra e venda de terrenos.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga o empresário e um suposto advogado, identificado como Anderson Juvenal Almeida. Além disso, a corporação também segue investigando outras oito pessoas que também devem estar envolvidas na prática criminosa, como por exemplo antigos vereadores da comissão fundiária e ex-agentes públicos.

Prática

O empresário usava uma loteadora que administrava para adquirir os terrenos. O grupo identificava as áreas que estavam descuidadas para produzir e legitimar documentos falsos, segundo o MPGO.

A organização criminosa invadia lotes públicos e privados no município para vende-los com documentos falsos. O escritório e o gabinete da Procuradoria Jurídica de Formosa foram alvos de busca e apreensão.

Em julho, a chamada ‘Operação Escritório do Crime’ cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva. O grupo seria formado por dez pessoas suspeitas de praticar grilagem de terras, corrupção, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

Nota OAB-GO

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) emitiu uma nota de esclarecimento, informando que o suposto advogado não tem relação com a entidade. Leia na íntegra abaixo.

“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB) informa que o citado não tem nenhuma relação com a OAB, uma vez que não está escrito em seus quadros.

A Ordem orienta à população que é possível verificar a veracidade da inscrição de todo advogado de Goiás e do Brasil no site do Cadastro Nacional de Advogados, no link www.cns.oab.org.br.

Por fim, a Ordem solicita a devida apuração dos fatos por parte das autoridades policiais cabíveis e, se comprovada a denúncia, requer rigorosa punição do acusado para que casos como esse não se reprisem. A atividade jurisdicional é um ofício sagrado. E a OAB como vanguardista da Justiça, lutará sempre pela ética e responsabilidade de seus inscritos”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp