Empresário suspeito de ligação com PCC é preso na Bahia por propina em contratos municipais

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Dono de empresas suspeitas de ligação com o PCC e que tinham contratos com prefeituras e Câmaras de todo o país é preso na Bahia

Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell, foi preso em Jacuípe, no litoral da Bahia, enquanto saía da praia. Empresas tinham contrato com prefeituras e câmaras de todo o país, incluindo Sorocaba e Itatiba (SP).

Investigação do Gaeco aponta que empresa ligada ao DE enviou propina para Sorocaba

O empresário Vagner Borges Dias foi preso nesta segunda-feira (27) em Jacuípe, litoral da Bahia. Conhecido como Latrell Brito, ele é dono de empresas suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e que tinham contratos com prefeituras e câmaras de todo o país, inclusive com Sorocaba e Itatiba (SP).

Segundo apurado pela TV TEM, Latrell foi preso em flagrante por uso de documento falso. Ele era o principal alvo da Operação Munditia. Segundo a Promotoria de Justiça de Guarulhos, ele vivia na Bahia e foi detido pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) da Bahia com apoio da Polícia Militar enquanto saía da praia.

Ainda de acordo com a Promotoria de Justiça de Guarulhos, Latrell vivia na Bahia com outro nome: Moises Mota Sena, e tinha uma microempresa aberta com o nome falso.

O empresário estava foragido desde abril de 2024, quando uma operação apreendeu documentos e mostrou que o grupo conseguiu contratos em algumas cidades pagando propinas a agentes políticos. Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão. Entre os documentos estavam planilhas de pagamento da empresa “Safe” e notas fiscais. Nelas, aparecem a prefeitura de Sorocaba e a Câmara de vereadores de Sorocaba.

Na mensagem, Vagner chega a enviar o contato do “Júnior”, que teria recebido o dinheiro na época. E o motorista diz que seguirá a ordem.

Em outra mensagem, no dia 3 de junho de 2022, um funcionário enviou um áudio em que pede para Vagner confirmar a destinação de cada envelope, pois, estaria com dúvida, já que uma pessoa em que ele chama de “menina” teria colocado a identificação em algarismos romanos.

Durante as investigações, o Gaeco apreendeu 22 celulares e 22 notebooks dos suspeitos. Durante análise, foi possível identificar conversas entre os líderes da empresa “Safe” e o motorista responsável pelo o que os promotores chamaram de “itinerário da corrupção” – onde Sorocaba aparece em dois momentos.

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