Empresários de ouro enfrentam acusações por sonegação fiscal de R$ 790 milhões: atualizações do caso em Goiás

Empresários do ramo de venda de ouro, sendo dois homens e uma mulher, agora enfrentam acusações sérias na Justiça Federal por um suposto esquema de sonegação fiscal que envolve uma quantia significativa de R$ 790 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os sócios de uma empresa especializada no comércio atacadista de produtos minerais, situada em Goiânia, deixaram de informar à Receita Federal as movimentações financeiras realizadas entre os anos de 2016 e 2018.

A denúncia apresentada pelo MPF, assinada pelo procurador regional da República Célio Vieira da Silva, foi recebida pelo juiz Omar Bellotti Ferreira, da 5ª Vara da Seção Judiciária de Goiás. O magistrado observou que a conduta dos empresários denunciados indica possíveis práticas criminais habituais e reiteradas. Outras investigações já haviam citado o comportamento questionável desses indivíduos, evidenciando um histórico controverso no ramo comercial de ouro.

No período de 2016 a 2018, os empresários teriam realizado pagamentos a terceiros e empresas, bem como efetuado outras transações sem a devida identificação dos beneficiários. Essas operações não foram devidamente declaradas à Receita Federal, resultando em uma efetiva sonegação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). A falta de documentação adequada prejudicou a fiscalização do órgão tributário, impossibilitando a correta apuração dos impostos devidos.

O MPF ainda destacou a apresentação de planilhas por parte dos fiscais da Receita Federal, revelando pagamentos sem comprovação aos empresários e movimentações financeiras suspeitas relacionadas às contas bancárias da empresa. Os denunciados são acusados de omissão de informações e declarações falsas perante o Estado, crimes passíveis de pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa. O Ministério Público Federal também solicitou o agravamento da pena devido à suposta prática continuada dos delitos, especialmente considerando que um dos sócios já havia sido investigado por compra ilegal de ouro no passado.

O processo judicial em andamento contra os empresários envolvidos no esquema de sonegação de impostos é um reflexo das consequências graves que a sonegação fiscal pode acarretar. A operação promovida pelo MPF visa punir os responsáveis e coibir práticas ilícitas no setor, fortalecendo a transparência e legalidade nas operações comerciais. É essencial para a sociedade e para o ambiente de negócios que tais condutas sejam identificadas, investigadas e devidamente responsabilizadas perante a lei.

O g1 agora segue acompanhando mais detalhes desse caso, em constante atualização sobre os desdobramentos do processo judicial em Goiás. Os desafios enfrentados pelas autoridades fiscais e judiciais na investigação e punição de crimes financeiros reforçam a importância da integridade e da conformidade tributária para a manutenção de um ambiente empresarial ético e legal. A sociedade espera que a justiça seja feita e que exemplos como esses sirvam de alerta para a necessidade do cumprimento das obrigações fiscais e legais por parte de todos os empreendedores. O combate à sonegação de impostos é uma tarefa contínua e fundamental para a promoção da justiça fiscal e econômica.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Wilson Pollara, ex-secretário de Saúde, preso em operação por irregularidades na Secretaria Municipal em Goiânia. Saiba mais!

Saiba quem é Wilson Pollara, preso em operação que investiga irregularidades na
Saúde em Goiânia

Ex-secretário formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (USP).
Operação apura pagamentos irregulares em contratos administrativos.

Secretário de Saúde de Goiânia é preso em operação contra pagamentos irregulares
[https://s02.video.glbimg.com/x240/13135073.jpg]

Wilson Pollara é preso na operação do Ministério Público de Goiás
que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, ocupava o cargo de titular da pasta desde setembro de 2023. O médico exerceu diversos outros cargos administrativos na área da saúde ao
longo de sua carreira.

A defesa do médico Wilson Pollara informou que impetrou habeas corpus em favor
do cliente, argumentando que ele não representa risco algum à investigação.
Segundo o advogado Thiago Peres, a prisão é “desnecessária” – leia nota completa
ao final do texto.

A Prefeitura de Goiânia, por meio de nota, informou que “está colaborando
plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás” –
leia nota completa ao final do texto.

Também foram presos na operação o secretário executivo, Quesede Ayres Henrique,
e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo. A defesa de Quesede Henrique
informou que ainda não teve acesso e, por isso, “não pode emitir considerações
detalhadas sobre as alegações que embasam a medida judicial” – leia nota
completa ao final do texto. O DE não localizou a
defesa de Bruno Vianna até a última atualização desta reportagem.

LEIA TAMBÉM

* VEJA QUEM SÃO: Saiba quem são os presos em operação contra supostos
pagamentos irregulares na Secretaria de Saúde de Goiânia
* NOVA SECRETÁRIA: Saiba quem é Cynara Mathias, cirurgiã-dentista e sanitarista
que assume a Secretaria de Saúde de Goiânia após prisão de secretário
* PRONUNCIAMENTO: Prefeito diz que todos os pagamentos são feitos por ordem
cronológica: ‘Não joguei a toalha’
* ASSISTA: Vídeo mostra quando secretário de Saúde de Goiânia é levado à Casa
do Albergado após ser preso

O ex-secretário formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) em
1973, com mestrado e doutorado em clínica cirúrgica pela mesma instituição. No
currículo, Pollara destaca que sua atuação tem ênfase em cirurgia
gastroenterológica.

Wilson Pollara foi secretário adjunto da Secretaria de Saúde do Estado de São
Paulo de 2013 a 2016 e secretário municipal da Saúde de São Paulo de 2017 a
2018. De 2019 a 2023, ocupou o cargo de superintendente do Instituto de
Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). Também foi conselheiro
da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares.

Ex-secretário municipal de Saúde em Goiânia, Wilson Pollara — Foto:
Diomício Gomes/O Popular

Além disso, o ex-secretário presidiu o Colégio Internacional de Cirurgiões no
período de 1999 a 2000 e foi membro do Conselho Gestor dos Hospitais Camilianos
de São Paulo entre 1998 e 2004.

Durante a carreira, Pollara atuou como coordenador-geral de cirurgia no
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo de 2008 a 2011 e como diretor
executivo do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP de 2011 a 2013.

OPERATION OF THE MP

Wilson Pollara, Bruno Vianna Primo and Quesede Ayres Henrique, secretary,
financial director and executive secretary of the department in Goiás — Photo:
Disclosure/Prefeitura de Goiânia, Social Media and Carlos Costa

The then Secretary of Health of Goiânia, Wilson Pollara, the executive secretary,
Quesede Ayres Henrique, and the financial director, Bruno Vianna Primo, were arrested
during an operation by the Public Prosecutor’s Office of Goiás (MP-GO), which is investigating
irregular payments in administrative contracts and the possible formation of a malicious association in the secretariat.

The arrests took place on Wednesday (27). According to the MP, the investigations
began in May of this year after complaints received by the organ.

In a press conference, the prosecutors explained that “payments were made outside of
official channels”. These “off-book” payments were not recorded in public accounting.

> “We identified the directing of payments to certain legal entities that were creditors of the Hospital of Clinics Support Foundation, to the detriment of other creditors. We also identified payments made irregularly, we can say, clandestinely, outside the official coffers or boxes without the proper declaration in public accounting,” said the prosecutor Rafael Correa Costa.

In the investigation, it was also identified that the Municipal Health Department was not respecting the chronological order when making payments. According to the Public Prosecutor’s Office, the maneuver violates the principle of impersonality, as provided by law.

The prosecutors explained that the Bidding and Contracts Law guarantees the principle of impersonality, which ensures that everyone is treated equally. The law requires payments to suppliers and service providers to follow a chronological order, to avoid any undue favoritism.

If the rule is violated in favor of someone, this constitutes a crime. The Bidding Law provides for penalties for those who violate the rule. According to the prosecutors, the investigation is currently focused on ensuring compliance with this order and equality in the treatment of those involved.

The prosecution highlighted that, based on the elements already identified, there are signs of a possible direct role in the omission of evidence, including instructions for potential witnesses to remain silent. Because of this, a temporary arrest warrant was requested.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp