Empresários de turismo de Fernando de Noronha lutam contra alta nas passagens aéreas durante baixa temporada

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Empresários do setor de turismo de Fernando de Noronha estão enfrentando uma queda de 30% no número de turistas durante a baixa temporada na ilha, que ocorre entre os meses de março e junho. Esse declínio no movimento é atribuído, em grande parte, ao alto preço das passagens aéreas. Os proprietários de pousadas e operadoras de turismo destacam que os valores praticados pelas companhias áreas chegam a ser tão elevados quanto os de destinos internacionais, como a Europa.

Mesmo com a liberação para o pouso de aeronaves de grande porte em Fernando de Noronha, anunciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as tarifas aéreas não sofreram redução. A restrição anteriormente imposta limitava as operações, mas com a nova autorização, a expectativa era de uma melhoria no cenário turístico da região. No entanto, os preços continuam sendo um obstáculo para os visitantes que desejam conhecer a ilha.

O impacto negativo dos altos preços é evidente, conforme relatado por empresários locais. Paulo Fatuch, proprietário de estabelecimentos em Noronha, ressalta a política de preços da Azul, uma das companhias aéreas com maior volume de voos para a ilha, como prejudicial. Segundo ele, a disparidade nos valores das passagens é um desestímulo para os turistas em potencial, levando a uma significativa diminuição no movimento, como os 30% registrados no mês de março em comparação com o ano anterior.

A situação é agravada pela falta de credibilidade em relação às operações de voos. Com anúncios de retomada que não se concretizam, como no caso da Gol, os consumidores e empresas enfrentam incertezas. Antônio Amante, especializado em turismo para Noronha, destaca os transtornos gerados por essas mudanças constantes, que afetam a confiança no setor e nos serviços prestados.

Diante desse cenário, a Empetur, representada pelo diretor de marketing Diogo Beltrão, está buscando soluções junto às companhias áreas responsáveis pelas operações em Fernando de Noronha. Embora o governo estadual não possa interferir nos valores das passagens, a intenção é dialogar com as empresas para compreender as políticas adotadas e avaliar a possibilidade de redução nos preços, visando estimular o turismo na ilha.

No entanto, até o momento, não houve respostas das companhias aéreas Azul, Latam e Gol, sobre os motivos para os altos preços e sobre a programação de voos para Fernando de Noronha. A falta de retorno das empresas adiciona mais incertezas para empresários e turistas, que aguardam por uma definição que beneficie o destino e viabilize a retomada do fluxo turístico na região, tão importante para a economia local.

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