Empresários do ramo de frigoríficos roubavam cargas de cortes bovinos para a revenda

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, deflagrou nesta quinta-feira, dia 4, a Operação Minotaurus, após oito meses de investigações iniciadas depois de um roubo de carga de cortes nobres de bovinos em Cocalzinho.

Na época, os criminosos capturaram o motorista e o ameaçaram de morte durante a permanência no cativeiro, que durou 12 horas. Todos os membros da associação foram identificados, dando origem a 2 mandatos de prisão temporária, 3 de prisão preventiva e 6 de busca e apreensão.

Quatro dos investigados foram presos no Distrito Federal, e um em Goiânia. Todos eles são empresários do ramo de frigoríficos no DF e possuem alta condição financeira. A Polícia Civil também descobriu que os investigados estão envolvidos com tráfico internacional de drogas e golpes bancários por meio de falsificações de documentos e uso de “laranjas”.

Foram apreendidas grandes quantidades de cocaína preparada para a venda, arma de fogo , três caminhonetes novas e dois caminhões para os crimes. Depois das subtrações de carnes nobres, a quadrilha emitia notas falsas e trocava a embalagem dos produtos.

Agora, os cinco homens responderão pelos crimes de associação criminosa, roubo, receptação e tráfico de drogas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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