A inclusão dos militares no pacote de medidas de corte de gastos anunciado pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resultará em um impacto fiscal de R$ 2 bilhões por ano. Essas medidas visam buscar a sustentabilidade fiscal e controlar os gastos públicos, o que inclui a revisão das despesas em diversos setores do governo, como Defesa, Saúde, Educação, Previdência Social e Trabalho e Emprego.
Os militares, que anteriormente foram submetidos a uma reforma no Sistema de Proteção Social das Forças Armadas, enfrentam resistência e desafios em relação às mudanças propostas. O governo enfrenta dificuldades para lidar com a jurisprudência e a resistência de setores da caserna, mostrando a complexidade de aproximá-los das medidas de corte de gastos.
Fernando Haddad destacou que os dados sobre os impactos fiscais não foram totalmente transparentes, dificultando o cálculo preciso do impacto das medidas nos militares. No entanto, ele afirmou que o impacto estimado é de cerca de R$ 2 bilhões por ano, sendo essa a ordem de grandeza dos cortes.
A previsão é que o anúncio oficial das medidas de corte de gastos ocorra entre segunda e terça-feira, após uma reunião com o presidente Lula para ajustar os detalhes finais dos textos a serem apresentados. As medidas devem seguir o trâmite de proposta de emenda à Constituição e projeto de lei complementar, com expectativa de envio ao Congresso ainda em novembro.
Além disso, o governo busca garantir a eficácia da nova regra de controle dos gastos públicos, buscando a sustentabilidade financeira. A expectativa é que, além da Defesa, outras pastas importantes sejam impactadas pelas medidas de corte de gastos, demonstrando o compromisso do governo com a austeridade fiscal e o equilíbrio orçamentário. Os desafios e empecilhos para implementar essas medidas envolvem questões políticas, econômicas e estruturais, que exigem um esforço conjunto para garantir o sucesso das reformas.