Empresas de ônibus são autuadas por má prestação de serviço na Rodoviária de Goiânia

Empresas de ônibus são autuadas por má prestação de serviço na Rodoviária de Goiânia

Três empresas de ônibus foram autuadas pelo Procon Goiás na tarde desta quarta-feira, 2, durante fiscalização realizada no Terminal Rodoviário de Goiânia, localizada no setor Norte Ferroviário. Ação do órgão ocorreu após denúncia de passageiros que foram afetados pelos bloqueios nas rodovias, em protesto contra o resultado das urnas. Ao menos 100 viagens foram canceladas.

De acordo com o superintendente do órgão, Levy Rafael Cornélio, foram constatadas irregularidades relacionadas à má prestação de serviço.

“Fomos abordados na Rodoviária por consumidores que tiveram seus direitos desrespeitados. Essas empresas não prestaram a assistência devida e necessária aos passageiros que esperavam a remarcação da passagem ou ainda tiveram dificuldade para fazer o cancelamento da passagem”, explicou.

Levy explica que a Resolução 4282 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) define as regras para as viagens de ônibus. No caso de atraso de mais de uma hora, o passageiro tem direito de ser acomodado em outro ônibus de outra empresa que ofereça serviço semelhante para o mesmo destino ou restituição imediata do valor do bilhete. Caso seja um veículo em condições inferiores, deve receber a diferença do preço da passagem.

Já em caso de atraso superior a 3 horas, a empresa é obrigada a fornecer alimentação aos passageiros e se a viagem não for remarcada para o mesmo dia, deverá ainda providenciar a hospedagem ao consumidor.

Ainda segundo o órgão, uma consumidora tentou fazer o cancelamento da passagem pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), mas enfrentou dificuldades, o que também motivou a autuação. As empresas terão prazo de 20 dias para apresentar defesa e poderão ser multadas. Os valores variam entre R$ 754 e R$ 11,3 milhões.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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