Empresas de secretário de Paulo Guedes devem R$ 1,3 milhão á União

Empresas de secretário de Paulo Guedes

Empresas de secretário de Paulo Guedes devem R$ 1,3 milhão á União

Funcionário de Paulo Guedes, o secretário de Produtividade e Competividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, é sócio de duas empresas que devem R$ 1,3 milhão á União. A dívida quintuplicou em dois anos. E, ainda neste mês, Costa deve deixar a equipe de Paulo Guedes e ganhar um cargo na embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

De acordo com registros da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, também subordinada ao Ministério da Economia, a P&L Educação Continuada deve R$ 1,2 milhão à União. R$ 600 mil são de dívidas previdenciárias, e R$ 615 mil vêm de débitos tributários, por falta de pagamento de tributos federais.

Já a C.A.J Cursos, que contém as iniciais do nome do secretário, por sua vez, possui R$ 87,1 mil de débitos tributários na Dívida Ativa da União.

As duas firmas têm Carlos da Costa como sócio, e estão ativas e são sediadas na mesma sala de um prédio em São Paulo, segundo a Receita Federal e a Junta Comercial do Estado. A P&L informou à Receita que presta ”treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”, enquanto a C.A.J afirmou que trabalha com ”atividades de consultoria em gestão empresarial” e ”serviços especializados de apoio administrativos”.

Em dois anos, a dívidas das duas empresas ligadas ao secretário de Paulo Guedes quintuplicou: saltando de R$ 260 mil para R$ 1,3 milhão.

Embaixada nos Estados Unidos

Carlos da Costa é o último secretário da formação inicial da equipe econômica de Guedes, que estreou na posse de Jair Bolsonaro. A expectativa no Ministério da Economia é que Costa deixe a Secretaria de Produtividades até o fim do ano e seja nomeado para assuntos econômicos em Washington, onde está a embaixada brasileira nos Estados Unidos

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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