Empresas goianas alteram expediente durante jogos da seleção brasileira

Assim como tem sido no poder público estadual e municipal, que decretaram ponto facultativo em dias úteis com jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina de futebol, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, empresas goianas também decidiram adotar horários diferenciados, para que seus colaboradores possam acompanhar os jogos em casa ou no ambiente corporativo.

Além de valorizar o esporte feminino, a iniciativa de adotar a mesma flexbilidade que já é comum durante a Copa do Mundo Masculina da FIFA surpreende e agrada os trabalhadores. O resultado são reflexos positivos para bem-estar das pessoas e na produtividade.

O grupo H. Hegídio Group, holding das empresas Equiplex, do ramo farmacêutico, Hospdrogas, distribuidoras de medicamentos, ambas em Aparecida de Goiânia, e Transplex, do ramo de transportes especializados e logística, em Anápolis, é um exemplo. “O nosso objetivo ao realizar as mesmas ações nas copas masculina e feminina de futebol é promover a equidade de gênero”, explica Juliana Duarte, gerente de Gestão de Pessoas do grupo.

Para as duas copas, a empresa investiu na aquisição e instalação de telão de LED em cada uma das unidades. “No primeiro jogo da seleção (24/7), liberamos todos do trabalho durante o período da disputa, a partir das 7h45, para os trabalhadores que entram às 6 horas”, relata Juliana. O pessoal da área administrativa, que entra às 8 horas, chegou e já foi direto para o refeitório assistir ao jogo contra o Panamá.

No refeitório das empresas, são servidos refrigerante, pipoca, batata frita e todos assistem juntos à partida. Com direito a apetrechos típicos, como perucas, chapéus, cornetas, vuvuzelas e apitos, para o ambiente ficar bem animado. No intervalo dos jogos são sorteadas camisetas oficiais da seleção brasileira e, no fim, são conhecidos os ganhadores do bolão, que dividem um prêmio de R$ 1 mil, oferecido pela empresa.

Torcida

A analista de compras da Equiplex, Thiara Candido Gomes, afirma que o engajamento é muito grande. “É um exemplo de união e de igualdade que temos dentro da empresa. Estamos conscientes da importância da mensagem que esse tipo de ação passa para nós, colaboradores. Todo mundo gosta e está firme na torcida pela nossa seleção feminina. Essa Copa do Mundo vai ser nossa”, confia.

Nesta quarta-feira (2/8), o jogo do Brasil contra a Jamaica será às 7 horas. Quem entra às 8 horas no trabalho poderá iniciar o expediente às 9h30, para poder assistir ao jogo em casa, se preferir. Os colaboradores, segundo a gerente de Gestão de Pessoas da holding, não precisarão repor as duas horas, em média, em que ficam fora do trabalho.

O engajamento das colaboradoras e colaboradores tem sido equivalente nas copas masculina e feminina e a ação tem se mostrado positiva em vários aspectos, atesta Juliana Duarte. “Esse tipo de iniciativa reforça a nossa cultura de proporcionar um clima organizacional positivo, de bem-estar. Quem trabalha feliz produz mais, o serviço flui melhor”, frisa.

Convém lembrar que os dias de jogos da seleção brasileira não são considerados feriados pela legislação trabalhista. As empresas têm a prerrogativa de decidir se liberam ou não seus colaboradores para assistir às partidas, e podem compensar o período em outras datas, cumprindo o número de horas em que estiveram ausentes.

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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