Empresas goianas se modernizam e aderem aos influencers; saiba o que considerar na escolha

As mídias sociais fazem parte da vida de todos nós mesmo sem dar conta em alguma delas. No mundo empresarial, os gestores tradicionais até relutaram, mas cederam à modalidade de divulgação da marca impulsionada na pandemia. Em Goiás, o serviço vem sendo bastante procurado e já existem agências que cuidam apenas da contratação de influencers digitais.

A contratação dos influencers digitais envolve muitas ponderações. A primeira delas é se realmente vale a apena contratar um profissional. No caso de uma empresa no interior, a estratégia mais eficiente pode ser uma parceria com uma mulher de destaque na cidade em vez de convidar alguém conhecido na internet e sem relevância para os moradores locais, por exemplo.

“É necessário analisar se a persona é compatível com o produto da empresa, ou seja, se os perfis dos públicos em questão estão alinhados. Não faz sentido contratar um influencer ‘chique’, digamos assim, se o que você vende está voltado para o público mais popular”, explica a relações públicas especialista no assunto, Carol Angotti.

Os pedidos pelos serviços dela aumentaram exponencialmente nos últimos dois anos. O isolamento social reforçou o protagonismo das mídias socias e os contratos, limitados a três por mês, em média, agora chegam a 15. Os preços começam ser de uma simples permuta cobrado por um influencer iniciante até o espaço sideral. A recém eliminada do BBB, Jade Picon, ganhou visibilidade no reality show e agora cobra cerca de R$180 por uma publicação.

Ela destaca que a clareza sobre os objetivos também é muito importante para evitar frustrações. O marketing de influência não pode ser compreendido como uma forma de garantir vendas, na opinião de Carol. “Essas pessoas criam conteúdo e não podem assegurar qualquer tipo de retorno. Vão passar informações, confiança e a própria imagem para mostrar para o público um produto ou ideia. A conquista de seguidores ou venda pela empresa são consequências desse processo”, detalha.

No entanto, o interesse de muitos contratantes nem sempre é comercializar itens de seus estoques, mas posicionamento de marca. Alterar o público alvo costuma ser um dos pedidos. Um exemplo de como isso funciona é a propaganda da cantora Anitta para a marca Arezzo, tradicional na área de sandálias e sapatos femininos. Na campanha, ela aparece usando os chinelos lançados pela marca em um vaso sanitário e em outras situações do cotidiano para mostrar o quanto o item é versátil.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp