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Empresas goianas se modernizam e aderem aos influencers; saiba o que considerar na escolha

Última atualização 04/04/2022 | 12:55

As mídias sociais fazem parte da vida de todos nós mesmo sem dar conta em alguma delas. No mundo empresarial, os gestores tradicionais até relutaram, mas cederam à modalidade de divulgação da marca impulsionada na pandemia. Em Goiás, o serviço vem sendo bastante procurado e já existem agências que cuidam apenas da contratação de influencers digitais.

A contratação dos influencers digitais envolve muitas ponderações. A primeira delas é se realmente vale a apena contratar um profissional. No caso de uma empresa no interior, a estratégia mais eficiente pode ser uma parceria com uma mulher de destaque na cidade em vez de convidar alguém conhecido na internet e sem relevância para os moradores locais, por exemplo.

“É necessário analisar se a persona é compatível com o produto da empresa, ou seja, se os perfis dos públicos em questão estão alinhados. Não faz sentido contratar um influencer ‘chique’, digamos assim, se o que você vende está voltado para o público mais popular”, explica a relações públicas especialista no assunto, Carol Angotti.

Os pedidos pelos serviços dela aumentaram exponencialmente nos últimos dois anos. O isolamento social reforçou o protagonismo das mídias socias e os contratos, limitados a três por mês, em média, agora chegam a 15. Os preços começam ser de uma simples permuta cobrado por um influencer iniciante até o espaço sideral. A recém eliminada do BBB, Jade Picon, ganhou visibilidade no reality show e agora cobra cerca de R$180 por uma publicação.

Ela destaca que a clareza sobre os objetivos também é muito importante para evitar frustrações. O marketing de influência não pode ser compreendido como uma forma de garantir vendas, na opinião de Carol. “Essas pessoas criam conteúdo e não podem assegurar qualquer tipo de retorno. Vão passar informações, confiança e a própria imagem para mostrar para o público um produto ou ideia. A conquista de seguidores ou venda pela empresa são consequências desse processo”, detalha.

No entanto, o interesse de muitos contratantes nem sempre é comercializar itens de seus estoques, mas posicionamento de marca. Alterar o público alvo costuma ser um dos pedidos. Um exemplo de como isso funciona é a propaganda da cantora Anitta para a marca Arezzo, tradicional na área de sandálias e sapatos femininos. Na campanha, ela aparece usando os chinelos lançados pela marca em um vaso sanitário e em outras situações do cotidiano para mostrar o quanto o item é versátil.