A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou fraude em empresas incentivadoras do Instituto Projeto Neymar Junior, criado pelo atleta. Auditores ainda apontam negligência do Ministério da Cidadania na fiscalização das contas do Instituto.
A análise dos projetos de 2014 a 2017 foi feita com base na Lei de Incentivo ao Esporte, medida permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos aprovados pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
As empresas apontadas por fraude no relatório são:
- Titans Group: Empresa contas como inativa na Receita Federal desde 2018; declara capital social de R$ 2 mil e investe cerca de R$ 1,5 milhão no Instituto.
- P.M. Motta: Emitiu nota fiscal falsa para justiçar um trabalho de R$ 100 mil ao Instituto.
Além disso, a auditoria também afirmou que o Ministério da Cidadania foi negligente na fiscalização dos incentivos recebidos pelo Instituto Neymar. E que isso pode ter provocado um investimento maior do que o permitido pela lei. Ao mesmo tempo que levou entidade a não ter usado um terço de todos os investimentos obtidos.
Outro fator destacado pela controladoria foi a saída dos alunos beneficiados ao logo dos anos. Aproximadamente 72% deles deixaram o projeto antes do tempo previsto.
Sobre as acusações, a entidade afirma que a liberação dos investimentos foi concedida pelo Ministério da Cidadania.
“O IPNJR, mesmo que adote os mais rigorosos mecanismos de compliance, jamais terá o mesmo alcance do Ministério da Fazenda para cumprir tal procedimento”, escreveu a defesa do Instituto.
Enquanto a descontinuidade dos alunos no projeto, o instituto disse que vem adotando medidas de desenvolvimento para “correção de rotas e ajustes”.