Empresas podem se credenciar para fiscalização de transporte

Empresas podem se credenciar para fiscalização de transporte

A Agência Goiana de Regulação (AGR) vai intensificar a fiscalização de transporte de passageiros em Goiás com o credenciamento de empresas para a prestação de serviços de remoção e depósito/guarda de veículos retirados de circulação nas ações de fiscalização da Gerência de Transportes da autarquia.

O edital de chamamento público foi divulgado nesta quarta-feira, 16, no Diário Oficial do Estado de Goiás (DOE) e tem validade de seis meses. A iniciativa fortalece o combate ao transporte irregular que oferece riscos aos passageiros nas várias regiões do estado e, em especial, na Região Metropolitana de Goiânia, onde há uma maior incidência dessa prática.

Segundo o diretor de Regulação e Fiscalização e presidente da Comissão Especial de Chamamentos Públicos da AGR, Thiago Nepomuceno, o que se espera com esse edital é que a AGR passe a contar com parceiros privados que disponibilizem pátios e guinchos nas várias regiões do estado para ampliar a efetividade de sua ação fiscalizadora.

“Vamos aguardar o credenciamento das empresas de remoção e guincho, a fim de que a AGR passe a contar com mais esse instrumento visando coibir o transporte de passageiros em desacordo com a legislação”, afirma.

Pela Lei nº 18.673, de novembro de 2014, que rege as atividades do setor, o transporte rodoviário intermunicipal de passageiros só pode ser feito mediante a concessão, permissão ou autorização da AGR.

Edital

As empresas de guincho e pátio serão credenciadas para dois anos de serviços, podendo ter o prazo prorrogado por igual período. Só serão credenciadas empresas com sede em Goiás. Quando a empresa credenciada não dispuser do serviço de guincho de veículos, o serviço poderá ser terceirizado, desde que autorizado pela AGR.

Os credenciados serão remunerados pelo infrator da legislação que resultou na retenção ou remoção do veículo. O edital contém tabela de preços para os serviços, conforme o tipo do veículo, e os critérios de reajustamento, as condições e os prazos para o pagamento dos serviços, bem como as regras para a redução dos preços fixados.

O credenciamento pode ser protocolado na sede da AGR, na Avenida Goiás, 305, Edifício Visconde de Mauá, Centro de Goiânia, ou por meio eletrônico, enviando a documentação para [email protected]. O edital tem validade de seis meses e está disponível no site da AGR.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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