Encontro por aplicativo de namoro acaba em sequestro, perseguição e troca de tiros

O que era para ser um simples “date” acabou em perseguição e até troca de tiros na Zona Norte de São Paulo na noite de quinta-feira, 18. Um engenheiro agrônomo de 29 anos se viu sequestrado depois de um encontro marcado por um aplicativo de relacionamento. A situação evoluiu rapidamente quando três criminosos, captados por câmeras de segurança, abordaram a vítima com ameaças armadas, roubando seus pertences no local.

Após o roubo, o engenheiro foi levado para um cativeiro enquanto os bandidos escaparam com o carro da vítima para cometer mais delitos. No entanto, uma denúncia anônima acionou a polícia, dando início a uma intensa perseguição, culminando em uma confrontação de tiros.

Durante a fuga, os criminosos colidiram com uma árvore, resultando na prisão de um dos assaltantes, que já tinha um histórico de crimes. Agora, ele enfrenta acusações por extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha. Os outros dois agressores, ambos menores de idade, foram apreendidos.

O engenheiro sequestrado reside em Campinas, interior de São Paulo, e relatou que estava se comunicando com a mulher por mais de dois meses, até realizarem diversas chamadas de vídeo para garantir a autenticidade do encontro. No cativeiro, o agrônomo ficou vendado e com os braços amarrados, sendo alvo de ameaças contínuas de morte por parte dos bandidos, que mostraram uma atitude extremamente agressiva.

“Graças à pronta ação da equipe, eles não conseguiram realizar empréstimos, transações via Pix ou qualquer atividade financeira. Eles apenas conseguiram levar o veículo e os pertences da vítima, incluindo seis aparelhos celulares, um notebook e documentos, além de dinheiro. Felizmente, todos esses itens foram recuperados”, afirmou o Tenente Coronel da Polícia Militar de SP, Guilherme Mendonça.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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