Enel deixou usuários quase 16 horas no escuro em Goiás

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Um levantamento divulgado nesta semana comprova que a prestação de serviços pela Enel em Goiás era ruim. A Enel ficou em terceiro lugar em um ranking nacional das piores distribuidoras de energia elétrica no País em 2022. A empresa deixou os goianos no escuro durante 15,66 horas, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A média de tempo sem o serviço  no estado ficou acima da considerada limite no País, que é de 12,11 horas.

 

As reclamações dos usuários e prejuízos ao setor produtivo se tornaram alvo de polêmica desde 2019, quando o próprio governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu a saída da empresa do estado. Em setembro do ano passado, a venda da Enel para a Equatorial foi autorizada pela Aneel. A nova empresa assumiu a prestação da energia elétrica em 3 de janeiro deste ano e é considerada a terceira maior do segmento no Brasil, com atuação em sete estados.. 

 

A promessa é que a negociação não onere a tarifa dos goianos e de realizações nos primeiros 100 dias de atuação. O plano é de novas três novas subestações,  três novas linhas de subtransmissão com mais 46 quilômetros, mais de 9 mil ligações de baixa e média tensão e 98 mil de baixa tensão para reduzir a frequência de interrupção de energia elétrica aos consumidores. Além disso, a proposta inclui agilizar o atendimento dos usuários por meio de canais digitais nesse período. 

 

Durante a celebração do contrato, o secretário-geral de Governo, Adriano Lima, destacou que a melhoria no serviço depende de alguns fatores e pode levar tempo. “Não há mágica. Não é que simplesmente mudou o nome da empresa e, de repente, está funcionando tudo bem. O que o consumidor pode esperar – e é o que o governo espera também e vai acompanhar e cobrar – é uma melhora constante”, declarou.

 

A Enel Distribuição Goiás foi vendida para a Equatorial  por R$1,6 bilhão. A empresa possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e estava no mercado goiano desde 2016, quando arrematou a Celg-D em lance único de R$2,1 bilhões. A antiga Celg havia sido vendida para a Enel em 2018.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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