Última atualização 31/03/2023 | 16:08
Um levantamento divulgado nesta semana comprova que a prestação de serviços pela Enel em Goiás era ruim. A Enel ficou em terceiro lugar em um ranking nacional das piores distribuidoras de energia elétrica no País em 2022. A empresa deixou os goianos no escuro durante 15,66 horas, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A média de tempo sem o serviço no estado ficou acima da considerada limite no País, que é de 12,11 horas.
As reclamações dos usuários e prejuízos ao setor produtivo se tornaram alvo de polêmica desde 2019, quando o próprio governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu a saída da empresa do estado. Em setembro do ano passado, a venda da Enel para a Equatorial foi autorizada pela Aneel. A nova empresa assumiu a prestação da energia elétrica em 3 de janeiro deste ano e é considerada a terceira maior do segmento no Brasil, com atuação em sete estados..
A promessa é que a negociação não onere a tarifa dos goianos e de realizações nos primeiros 100 dias de atuação. O plano é de novas três novas subestações, três novas linhas de subtransmissão com mais 46 quilômetros, mais de 9 mil ligações de baixa e média tensão e 98 mil de baixa tensão para reduzir a frequência de interrupção de energia elétrica aos consumidores. Além disso, a proposta inclui agilizar o atendimento dos usuários por meio de canais digitais nesse período.
Durante a celebração do contrato, o secretário-geral de Governo, Adriano Lima, destacou que a melhoria no serviço depende de alguns fatores e pode levar tempo. “Não há mágica. Não é que simplesmente mudou o nome da empresa e, de repente, está funcionando tudo bem. O que o consumidor pode esperar – e é o que o governo espera também e vai acompanhar e cobrar – é uma melhora constante”, declarou.
A Enel Distribuição Goiás foi vendida para a Equatorial por R$1,6 bilhão. A empresa possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e estava no mercado goiano desde 2016, quando arrematou a Celg-D em lance único de R$2,1 bilhões. A antiga Celg havia sido vendida para a Enel em 2018.