Enel e Caixa mantém descredenciamento para pagamento de faturas em lotéricas

A Enel continua descredenciada da Caixa Econômica Federal (CEF). A decisão ocorreu em reunião entre o presidente da empresa em Goiás, Abel Rochinha e dirigentes do banco na tarde de segunda-feira (16). Ao todo 2,9 milhões de consumidores serão afetados pelo fim do convênio, assim, a partir do próximo dia 5 de agosto, precisarão pagar R$ 2,80 adicionais, caso queiram quitar débitos com a companhia em casas lotéricas.

A negociação que contou com envolvimento do ex-governador Marconi Perillo, que agendou o encontro entre Abel e a Superintendente da Caixa Marise Fernandes na última sexta-feira (13). O descredenciamento foi motivado pelo reajuste de cerca de 30% na taxa cobrada pelo banco para receber as faturas. Em nota, a Enel afirma que o banco manteve o percentual de aumento “praticamente inalterado” e, assim, optou por manter o fim do convênio. Porém, a companhia reforça que “segue aberta ao diálogo com a CEF.

Segundo a empresa, para fugir da cobrança adicional, consumidores podem procurar os mais de 1.700 arrecadadores de faturas no Estado, como supermercados, farmácias e grandes comércios ou cadastrar sua fatura em débito automático. A Caixa Econômica Federal ainda não se manifestou sobre o assunto.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp