Enem 2024 terá 140 mil salas de provas em 1.753 cidades

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 nos dias 3 e 10 de novembro, em 1.753 municípios.

Dados preliminares do Inep, relativos à logística e segurança do Enem 2024, apontam que os mais de 5 milhões de inscritos neste ano farão as provas em cerca de 10 mil locais, como escolas e faculdades, que abrigam cerca de 140 mil salas.

O candidato já pode consultar o local de prova no Cartão de Confirmação de Inscrição na página do participante do Enem, com login no portal único de serviços digitais do governo federal Gov.br.

Segurança

Em setembro, o Inep concluiu o ciclo de quatro reuniões técnicas regionais sobre logística do Enem com objetivo de capacitar envolvidos e alinhar operações do exame.

Ao todo, a aplicação das provas nos dois dias contará com 10 mil coordenações e mais de 300 mil colaboradores, como aplicadores de provas, assistentes de aplicação, fiscais de banheiro, de corredor e portão, além de colaboradores que auxiliam candidatos que pediram atendimentos especializados, como os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ledores certificados de prova para, por exemplo, candidatos com deficiência visual.

Na edição deste ano do Enem, o Inep prestará cerca de 58 mil atendimentos especializados. E entre os mais de 78 mil recursos de acessibilidade disponibilizados estão a prova em Braille, prova com a fonte ampliada, leitura labial, auxílio para transcrição, mobiliário acessível, sala de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida e sala para lactantes.

Logística

A distribuição segura dos cerca de 9 milhões de provas impressas, folhas de respostas e materiais de identificação para os locais de aplicação fazem parte do cronograma antes da aplicação do Enem.

O Inep calcula que para levar os 65 mil malotes de provas serão adotadas 10,8 mil rotas de transporte com destino aos municípios de todas as 27 unidades da federação. A estimativa é que sejam empregados 2,5 mil contêineres desmontáveis leves e 60 carretas transportadoras.

Há mais de 15 anos os Correios realizam a operação logística para a entrega das provas, com mais de 300 milhões de páginas impressas. Após as provas, a estatal também é a responsável pela coleta dos cartões-resposta dos candidatos.

Essa etapa, chamada de logística reversa, leva todos os malotes com os documentos para os locais onde serão realizadas as correções.

Enem

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio.

Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

Em dois dias, os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, que ao todo somam 180 questões objetivas. Os participantes também devem redigir uma redação.

A política de acessibilidade e inclusão do Inep garante atendimento especializado com diversos recursos de acessibilidade, além do tratamento pelo nome social. Há também uma aplicação para pessoas privadas de liberdade (PPL).

Para mais esclarecimentos, o edital do Enem 2024 está disponível no Diário Oficial da União.

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Como a nova lei que proíbe celulares em escolas de SP pode transformar a educação?

Como a Nova Lei que Proíbe Celulares em Escolas de SP Pode Transformar a Educação?

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou uma lei que proíbe o uso de celulares em todas as escolas públicas e privadas do estado. A medida, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em novembro, foi publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira, 6, e entrará em vigor dentro de 30 dias.

O projeto de lei, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) e coautoria de outros 42 parlamentares, visa reduzir a dependência dos dispositivos eletrônicos durante as aulas. Segundo a deputada, o uso constante de celulares tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico dos estudantes, além de afetar negativamente a interação social.

“Celulares não são inofensivos. O impacto nas nossas crianças e adolescentes está se refletindo na aprendizagem deles, eles têm aprendido menos. O ‘spam’ de atenção deles não aguenta ouvir uma aula, ler um texto, ver um filme, pensar alguma coisa mais complexa,” argumentou Marina Helou.

A nova lei proíbe o uso de celulares durante todo o período de permanência dos alunos na escola, incluindo intervalos entre aulas, recreios e atividades extracurriculares. No entanto, a utilização de dispositivos eletrônicos será permitida em casos onde houver necessidade pedagógica, para o uso de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais.

Essa medida é parte de um movimento mais amplo no Brasil, onde especialistas defendem a restrição ao uso de celulares nas escolas. Em audiências públicas realizadas na Comissão de Educação do Senado, especialistas como o psicólogo Cristiano Nabuco destacaram que o uso excessivo de celulares está associado a problemas como obesidade, miopia, distúrbios de sono e automutilação.

Nabuco também mencionou que 45% dos alunos brasileiros admitem se distrair com o celular durante as aulas. A discussão sobre a restrição do uso de celulares nas escolas ganhou repercussão nacional, com um projeto similar em tramitação na Câmara dos Deputados. Este projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, ser avaliado pelo Senado.

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