Enem: Bolsonaro pediu mudança de questão sobre ”Golpe militar” para ”revolução”

Enem

Às vésperas do exame, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quis deixar o Enem com ”a cara do governo”. Entre as decisões, está um pedido feito para ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que houvesse questões que tratassem o Golpe Militar de 1964 como uma revolução. A informação foi revelada pela Folha de S.Paulo.

O governo tem passando por uma série de denúncias que envolvem a interferência do presidente em conteúdos e assédio moral a servidores da Educação.

De acordo com relatos de integrantes do governo, o pedido de Bolsonaro teria ocorrido no primeiro semestre. Ribeiro chegou a comentar a fala com equipes do MEC (Ministério da Educação) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), mas não levou o pedido adiante de modo prático, já que os itens passam por um longo processo de elaboração.

Bolsonaro é defensor da ditadura militar (1964-1985) e tem histórico de criticar o Enem por uma suposta abordagem de esquerda.

Após denúncias de interferência na prova por parte dos servidores, ele disse que o exame começava a ficar com a ”cara do governo” e voltou a criticar a prova.

Desde 2019, o primeiro ano do atual governo, nenhuma questão sobre a ditadura caiu no Enem– de modo inédito desde que o exame é aplicado. Questionado, MEC, Inep e Palácio do Planalto não responderam.

Uma comissão que censurou questões do Enem foi criada pela Inep em 2019. Esse grupo foi responsável por vetar questões sobre ditadura, por exemplo.

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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