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Energia elétrica, gás e combustíveis são os vilões da inflação em Goiânia

Última atualização 08/11/2017 | 18:35

Inflação do mês deve continuar em alta

Os reajustes da energia elétrica (26,38%), do gás de cozinha (3,83%), da gasolina comum (6,60%) e do etanol (7,55%) pressionaram o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia, em outubro, que chegou a 1,16%, muito acima da taxa do mês de setembro (0,03%). Este índice foi o mais alto dos últimos 15 meses e surpreendeu até mesmo os pesquisadores do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Segundo o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, esta disparada da inflação é um desastre para o orçamento das famílias, principalmente aquelas com renda de até cinco salários mínimos (R$ 4.685,00), que já estão sofrendo com a perda do poder aquisitivo. Ele alerta que a inflação deste mês ainda poderá continuar em alta já que há resíduos do aumento da conta de energia a ser computada agora em novembro e os preços dos combustíveis não param de subir.

Outros quatro grupos de despesas também influenciaram e ajudaram a confirmar o resultado positivo da inflação de Goiânia, no mês passado: artigos residenciais (0,79%), saúde e cuidados pessoais (0,30%), educação (0,26%) e despesas pessoais (0,02%), além da habitação (5,66%), onde estão computados a energia elétrica, o gás de cozinha e o aluguel residencial, e o transportes (1,56%).

Marcelo Eurico cita que, se não fosse a queda dos produtos alimentícios (-0,21%), que pelo 7º mês consecutivo registrou variação negativa, a inflação de Goiânia, do mês de outubro, teria sido consideravelmente maio. Também contrabalancearam à alta da inflação, com variação negativa, os grupos do vestuário (-0,66%) e comunicação (-0,85%).

Alimentação
No mês passado, os produtos que contribuíram para a variação negativa de -0,21% do grupo alimentação foram: feijão carioca (-9,63%), feijão preto (-1,98%); ovos grandes/extras (-5,05%); abobrinha (-25,30%); leite LV (-1,74%), leite em pó integral (-6,13%), leite condensado (-2,90%), creme de leite (-2,45%); açúcar (-4,10%), sorvete (-5,66%) e achocolatado (-3,89%). E ainda, melancia (-12,68%); banana prata (-15,06%), maçã (-4,14%); macarrão (-1,37%); carne suína: pernil (-2,30%), lombo (-4,26%); pão de forma industrializado (-6,12%), rosca doce (-4,77%), pão de queijo (-2,79%); as carnes bovinas paleta (-5,24%) e coxão mole (-2,88%); linguiça toscana (-1,55%); cebola (-1,89%) e café moído (-1,50%).

Já a alimentação fora do domicílio deu sinais de alta (0,95%), puxado pelo almoço a peso (0,91%); lanche: sanduíche misto/bauru (5,27%) e o refrigerante 290ml (1,12%).

Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelos técnicos do IMB/Segplan, 87 apresentaram elevação, 30 ficaram estáveis e 88 tiveram variação negativa.

Cesta básica
Devido à queda dos alimentos, pelo 7º mês consecutivo, o custo da cesta básica para o trabalhador goiano que ganha um salário mínimo (R$ 937,00) ficou em R$ 298,81, uma queda de 0,06% em relação ao valor registrado em setembro passado.

No acumulado do ano, o custo da cesta básica, composta por 12 itens, já caiu 11,97% na comparação com igual período do ano passado, e -14,41% no acumulado dos últimos 12 meses.

Em outubro, na comparação com setembro, dos 12 itens da cesta básica cinco tiveram alta: farinha/massas (0,29%), legumes/tubérculos (3,37%), pão (1,92%), margarina (0,48%) e óleo de soja (3,63%). Os demais registraram queda: carne (-0,26%), leite (-1,74%), feijão (-7,32%), arroz (-0,41%), café (-1,50%), açúcar (-4,10%) e frutas (-3,02%).

Fonte: Comunicação Segplan