Energia Solar apresenta crescimento de 300% ao ano

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o consultor da Fronius no Brasil, Adolfo Cestari falou sobre a Energia Solar ter atraído cada vez mais pessoas. O especialista explica sobre como funciona a Energia Solar fotovoltaica.

Em relação ao funcionamento da Energia Solar, ele apresenta que “Já se vê em muitos locais do país as placas em cima de telhado, ou algumas usinas você vê o descampado com muitos módulos seguidos, o que chamamos de usina fotovoltaica. Então de uma forma simples, isso pode ser explicado como: o sol nos fornece o calor, mas também tem a radiação, o módulo fotovoltaico capta essa radiação e transforma em energia elétrica, o que chamamos de corrente contínua. Para ela ser aproveitada, ela não sai do módulo e vai direto para casa, porque nossos equipamentos foram feitos para a rede da concessionária que chamamos de corrente alternada. Então é preciso de um equipamento para fazer a conversão, então a Fronius fornece um inversor de frequência, onde é transformada essa frequência contínua, que o painel girou através do Sol, em corrente alternada, para que se possa utilizar em casa, quanto para jogar de volta para concessionária e receber dinheiro por essa energia”, explica.

Questionado se em qualquer lugar que o Sol seja forte pode produzir energia solar, ele responde que: “Você tendo o Sol, consegue gerar energia. O que temos no mercado é crescentes instaladores, onde você pode fazer uma consulta, e ele vai fazer um projeto para ver se o local que você quer instalar vale a pena. Porque se a gente pegar uma região central de São Paulo, tem muitos prédios, então você pode ter Sol em um determinado horário do dia e no resto tem sombra, então não vai valer a pena, então tem outros modelos que pode não ser no telhado, chamado de usina remota. Eu tenho telhado, mas nem sempre vale a pena, então é sempre bom buscar um especialista antes de fazer as coisas”, informa.

“Você tendo um projeto bem especificado, com espaço para implantar o sistema fotovoltaico, com certeza você pode alimentar energia na casa toda e o que sobrar vender para a concessionaria”, destaca. “A gente tem a resolução normativa 482 que obrigou as concessionárias a criar um mecanismo que permitissem o consumidor interagir de forma direta com a rede. Quando eu estou gerando energia, só sobressalente não pode ser desaparecido, se eu já supre o meu lar, o que vou fazer com o que sobrou? Aí entra a compensação por meio da concessionária, a energia que está chorando você devolve para ela em forma de crédito. Ou seja, eu estou usando para consumo próprio e uma porcentagem eu devolvo e a minha conta vem com valor abatido e compensa o que eu usei a noite da concessionaria”, acrescenta.

Sobre o armazenamento da energia, ele explica que “Ela não fica armazenada na placa, fica no inversor, e ela vai para o autoconsumo, ou seja se eu tomo banho estou usando o que tá gerando, e o que tá sobrando tá indo para a concessionária. O que existe são os conversores híbridos, que fazem todo esse trabalho, como o armazenamento. No mercado brasileiro ainda não é uma realidade, falta a regulamentação das baterias.”, declara.

No mercado somente de geração, ele apresenta que está totalmente acessível. “Além de ter muitos geradores, de qualidade, você tem muitas instituições financeiras que possibilitam o financiamento do sistema fotovoltaico, então você não é obrigado a pagar aquele valor à vista. Você faz o projeto, orçamentar com diversas empresas, levando em conta a qualidade dos equipamentos, lembrando que envolve a segurança do seu lar. Numa residência com duas ou três pessoas, o investimento necessário seria de aproximadamente R$ 20 mil reais e com financiamento bancário isso fica viável. Quando o instalador vai fazer a validação com a concessionária, ela vai até o local e troca o relógio, porque agora você não apenas irá receber energia, mas também enviar, e a partir disso os clientes fazem o orçamento. O que acontece é que com o envio da energia, normalmente o valor da parcela do financiamento fica o que era a conta de luz.”, explica. 

Ele informa que hoje os mapas de Energia Solar mostram que a grande parte das usinas estão instaladas em Minas Gerais. “Explicando de forma simples, o estado de Minas Gerais é onde tem melhor Energia Solar, a linha do Equador passa por cima dele, então tem regiões onde você tem maior aproveitamento, principalmente no norte de Minas. Eles usam isso para saber o melhor local para criar uma usina, tanto de geração distribuída, você gerar na sua casa, comércio e indústria e devolver para concessionária, centralizada é como toda geração de uma cidade em um único ponto.”, destaca.

Para o especialista, para esse sistema de energia ser mais utilizado falta apenas o conhecimento sobre como é realizado. “Quanto mais as pessoas buscarem esse consumo e se atualizarem, mais vão aderir esse mercado. O Brasil é muito grande, mesmo o mercado crescendo 300% ao ano, a matriz energética do Brasil é muito hidrelétrica. A energia fotovoltaica representa apenas 2%.”, informa.

 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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