Enfermeira considerada foragida por morte em clínica de estética no RJ

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Enfermeira indiciada por morte de jovem em clínica de estética no Rio é considerada foragida

DE esteve em dois endereços ligados a Sabrina Rabetin Serri, mas ela não foi encontrada. O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal da
Justiça do Rio.

A Polícia Civil do Rio procura a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, que atuava com o médico José Emílio de Brito, preso pelo procedimento estético que terminou com a morte de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos.

O mandado de prisão contra Sabrina foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Justiça
do Rio, mas ela não foi encontrada e é considerada foragida. Agentes estiveram
em dois endereços ligados à suspeita, mas não a localizaram.

A atendente de locadora de carros Lea Carolina Menezes Antunes, irmã de Marilha, afirmou que, apesar da dor ser imensa, ver a Justiça sendo feita traz força para a família e que a irmã não será esquecida.

“É um alívio em saber que não só o médico, mas a enfermeira Sabrina serão responsabilizados. Sabrina era o braço direito do médico e quando eu abri a porta do centro cirúrgico e vi o doutor Emílio reanimado minha irmã, a Sabrina me disse para sair dali e que se a minha irmã morresse a culpa seria minha”.

No início de outubro, a Delegacia do Consumidor (Decon) indiciou Sabrina por homicídio e exercício ilegal da medicina. A profissional foi levada para a Decon para prestar depoimento no dia 1º de outubro.

Agentes da especializada cumpriram 8 mandados de busca e apreensão em endereços
ligados a outras pessoas envolvidas no caso — como a secretária e captadoras de
clientes da clínica. Sabrina teve um celular e um notebook apreendidos.

Juntamente com José Emílio, Sabrina já foi investigada outras vezes por lesão corporal grave durante procedimentos estéticos, em casos registrados em 2021 e em 2025, logo após a morte de Marilha.

RELEMBRE O CASO

Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu durante um procedimento estético

Marilha morreu no dia 8 de setembro no hospital-dia Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil do RJ, Marilha foi vítima de erro médico.

O médico José Emílio de Brito, que conduziu a hidrolipo em Marilha, está preso desde o dia 15. De acordo com a polícia, ele responde por homicídio e falsidade ideológica.

Segundo o delegado Wellington Vieira, Sabrina “praticou atos privativos de médicos”.

“Segundo várias pacientes que vieram aqui depor, Sabrina realiza o anestésico da cirurgia. Isso é privativo do médico-cirurgião. Então a gente tem convicção que ela errou, e com certeza isso contribuiu para a morte da Marilha naquela cirurgia”, explicou.

Polícia faz buscas em endereço de investigado por morte de Marilha Menezes Antunes

Um perito que prestou depoimento à Decon afirmou que a necropsia constatou 7 perfurações no corpo da vítima, com ao menos 2 lesões penetrantes que atingiram a cavidade abdominal e provocaram hemorragia interna.

Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou perfuração no rim e hemorragia interna como causa da morte. Em registros feitos no dia da ocorrência, o médico havia atribuído o óbito a uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória.

O QUE DIZEM OS CITADOS

A clínica informou na ocasião, em nota, que atua como hospital-dia, alugando o centro cirúrgico para equipes terceirizadas, que seriam responsáveis pelos insumos e pela condução dos procedimentos. A direção afirmou lamentar a morte, colaborar com as autoridades e manter a infraestrutura exigida para emergências.

A família da vítima contesta. “Foram 90 minutos tentando reanimar a minha irmã”, disse Léa Caroline Menezes, irmã de Marilha, ao relatar demora no acionamento do socorro e falta de recursos no local.

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