Ninguém quer falar sobre isso. Ninguém quer pensar nisso. E, no entanto, é a única certeza absoluta que todos nós temos: a morte. Hadley Vlahos, enfermeira de cuidados paliativos nos Estados Unidos, ressalta que a abordagem da morte pode torná-la menos aterrorizante para os pacientes. Segundo ela, os relatos de familiares falecidos que vêm ‘buscar’ os pacientes são frequentes e geram reflexões significativas.
Em suas experiências, Vlahos observa que os pacientes muitas vezes mencionam a presença de entes queridos já falecidos. Essas narrativas, longe de serem vistas como meras alucinações, são interpretadas pela enfermeira como formas simbólicas de conforto e aceitação da morte iminente. A profissional acredita que essas vivências proporcionam momentos de conexão e ressignificação da despedida.
Hadley Vlahos defende veementemente que a informação é uma aliada fundamental para lidar com a morte. Em sua atuação, enfatiza a importância de permitir que os pacientes expressem seus medos, desejos e preocupações em relação ao fim da vida. A enfermeira destaca que conversar sobre a morte pode contribuir para uma despedida mais tranquila e significativa.
Para Vlahos, o tabu em torno da morte não deve ser perpetuado. Ela ressalta a necessidade de uma abordagem mais humanizada e compassiva no cuidado paliativo, oferecendo aos pacientes a oportunidade de discutir seus sentimentos e crenças em um ambiente acolhedor. A enfermeira acredita que a morte pode ser um processo natural e até mesmo belo, desde que haja espaço para diálogos francos e acolhedores.
A partir de suas experiências, Hadley Vlahos destaca a importância de oferecer um suporte emocional adequado aos pacientes em cuidados paliativos. Ela ressalta que a morte não precisa ser um assunto tabu, mas sim uma etapa da vida que merece ser encarada com serenidade e respeito. A enfermeira enfatiza a necessidade de promover um ambiente de cuidado integral, que inclua a atenção aos aspectos emocionais e espirituais dos pacientes em seu processo de despedida.
Hadley Vlahos reitera que a morte pode ser menos assustadora quando abordada com empatia e compreensão. A enfermeira destaca a importância de criar espaços seguros para que os pacientes possam compartilhar suas experiências e emoções diante do fim da vida. Sua atuação reflete a importância de respeitar o tempo e a singularidade de cada indivíduo nesse momento tão delicado e transformador.