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Enfermeira é presa por deformações de pacientes após procedimentos estéticos, em Goiânia

Última atualização 12/07/2024 | 11:11

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu nesta quinta-feira, 11, a enfermeira Marcilane da Silva Espíndola, suspeita de causar graves lesões em paciente após procedimentos estéticos. A profissional foi presa após uma nova vítima denunciar ter feito procedimentos com a enfermeira e, em seguida, ter tido infecções nos seios. Ela foi indiciada por crimes contra 9 pacientes, que ficaram deformadas após passar por cirurgias estéticas.

Segundo a Polícia Civil, a prisão preventiva de Marcilane foi decretada em uma audiência de custódia. Ela está em prisão domiciliar e, segundo a defesa, ainda não foi ouvida sobre o novo crime denunciado.

Investigações

A enfermeira está sendo investigada desde julho de 2023, depois que três pacientes denunciarem ter ficado com o rosto deformado após procedimentos em uma clínica de estética. Na denúncia, as vítimas informaram que foram atendidas em uma clínica odontológica, em Aparecida de Goiânia, onde a enfermeira realizou os primeiros procedimentos. Depois, a suspeita alugou uma casa, em Goiânia, para ter um espaço próprio.

Todas as vítimas relataram que não receberam nenhum tipo de assistência da suspeita após reclamarem das complicações. Em mensagens, Marcilane diz que a culpa as deformidades eram do sistema imunológico da vítima.

“Você tem que aguardar. Você não entende, que não sou eu, é seu organismo. O que tinha pra ser feito, já foi feito”, disse a suspeita.

Foi deflagrada, então, a Operação Salus, que investigou o caso e cumpriu mandados de busca e apreensão na clínica de estética da enfermeira. Uma concessão de medidas cautelares foi representada pela polícia, que bloqueou os bens e valores da enfermeira, além da suspensão de exercício de atividade.

Durante a investigação, a polícia descobriu que Marcilane se apresentava como enfermeira e afirmava possuir pós-graduação em dermatologia estética, o que dava a entender que ela possuía qualificação para atuar na área. Ela oferecia procedimentos como: preenchimento labial, no nariz, lipo de papada, bronzeamento e cursos ensinando as técnicas.

No entanto, em depoimento, a enfermeira admitiu que não concluiu o curso e que não era formada. Um Processo Ético Disciplinar para apuração da conduta de Marcilane foi aberto no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás, durante o início das investigações.