Enfermeiro é preso com 105 frascos da vacina Influenza H1N1, em Aparecida de Goiânia

“Cerca de 150 doses já haviam sido vendidas. As negociações aconteciam por meio de rede sociais e ele iria na casa da pessoa para realizar a aplicação”

Duas pessoas foram presas na noite desta terça-feira (17), com 105 frascos da vacina de Influenza H1N1 furtadas de postos de vacinações de Aparecida de Goiânia. Murillo Heguer de Paula Soares, de 29 anos, é enfermeiro e foi locado para ajudar na imunização das pessoas havia 20 dias. No momento da abordagem, estava com José Maicon Fernandes Freitas, de 23 anos.

De acordo com o tenente Gustavo, da Polícia Militar (PM), os suspeitos estavam em um Ford Fiesta vermelho no conjunto Guadalajara, região Sudoeste de Goiânia. Na abordagem, foram encontradas 105 frascos, o que equivale a 1050 doses da vacina que estava em uma caixa térmica no banco traseiro do veículo. Além das vacinas, foram apreendidos 151 seringas e 24 cartões de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme expõem o tenente, Murillo não revelou como agiu, mas destacou que as doses eram vendidas a R$ 80. “Cerca de 150 doses já haviam sido vendidas. As negociações aconteciam por meio de rede sociais e ele iria na casa da pessoa para realizar a aplicação”, destaca o tenente, que conta que o enfermeiro já possui passagem pela polícia por ameaça.

José Maicon dava todo o suporte nas negociações e no transporte da vacina até a casa dos compradores. Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, já que foi na cidade que os produtos foram furtado. Eles foram autuados por crime de peculato. A prefeitura de Aparecida de Goiânia informou, por meio de nota, que está ciente da prisão do enfermeiro e que um processo administrativo já foi instaurado para verificar a procedência do ato e  afastar do funcionário. Além disso, o Executivo Municipal destacou que irá intensificar a fiscalização e segurança das vacinas e que todas as doses foram devolvidas à Secretaria Municipal de Saúde, que fará a sua distribuição.

Outro Caso

Outras 80 doses da vacina foram furtadas da unidade de saúde da Vila São João, em Senador Canedo, na noite da última segunda-feira (16). Segundo nota, a prefeitura do município informou que a enfermeira responsável pela vacinação foi quem notou que a janela estava arrombada e sentiu a falta das ampolas e de duas doses da tríplice viral. O caso já foi registrado na Polícia Civil da cidade, mas não conseguimos contato com o delegado à frente das investigação. Ainda em nota, a prefeitura informou que  as vacinas estão sendo repostas conforme repasse da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A cidade conta com 23 postos de vacinação e receberam 12,3 mil doses nessa primeira remessa.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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