Enfermeiros e técnicos de enfermagem paralisam atividades em maternidades públicas de Goiânia: Entenda a crise e reivindicações

Enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham nas maternidades públicas de Goiânia, Célia Câmara, Dona Iris e Nascer Cidadão, decidiram paralisar suas atividades na última segunda-feira (9). A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Roberta Rios, explicou que apenas 30% dos atendimentos de urgência e emergência estão sendo mantidos nas unidades, conforme previsto pela legislação. O movimento foi motivado pelo atraso no pagamento do salário referente ao mês de novembro, décimo terceiro e terço das férias, o que levou os profissionais a deliberarem pela paralisação.

A paralisação dos profissionais ocorre em dois períodos do dia, com interrupção de 6 horas pela manhã e 6 horas à noite. Roberta Rios enfatizou que a categoria decidiu manter esse esquema até quarta-feira (11), quando está marcada uma nova assembleia em frente à Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) no Setor Sul. As reivindicações dos profissionais englobam o pagamento do salário de novembro de 2024, a primeira parcela do décimo terceiro salário e o adiantamento de férias.

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades municipais, reconheceu o direito de greve dos profissionais conforme a Lei nº 7.783/1989, que exige a manutenção de 30% do efetivo em serviços essenciais. Dos 1,5 mil colaboradores, aproximadamente 48% são enfermeiros ou técnicos de enfermagem, totalizando 733 profissionais. A Fundahc salientou a importância desses profissionais na assistência aos pacientes e expressou solidariedade à mobilização dos trabalhadores.

Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia garantiu que os pagamentos serão realizados conforme as tratativas estabelecidas com o Ministério Público de Goiás (MP-GO). A crise financeira prolongada enfrentada pela Fundahc está associada à dependência de recursos municipais e é agravada pela prisão da cúpula da Saúde municipal. A Fundação aguarda o repasse de verbas para regularizar salários, décimo terceiro, férias e vale-alimentação.

Por outro lado, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) acatou uma solicitação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e determinou a intervenção do Estado na área de Saúde do Município. A intervenção, com caráter liminar até o final do ano, visa conduzir a crise e realizar a transição para o próximo prefeito a partir de 1º de janeiro de 2025. A situação se agrava com a prisão de trabalhadores da saúde durante a troca de plantão, gerando indignação e protestos por parte do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO).

Diante dos desdobramentos recentes, é evidente a tensão e insatisfação presentes no cenário da saúde pública em Goiânia. A população aguarda soluções e medidas efetivas por parte das autoridades competentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais e o respeito aos profissionais da saúde que dedicam suas vidas ao cuidado dos pacientes. A transparência, diálogo e apoio mútuo entre as partes envolvidas são essenciais para superar os desafios presentes e construir um sistema de saúde mais justo e eficiente.

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Manicure relata desespero ao perder salão em casa que desabou em BH

A dona de um salão localizado em um dos andares da casa que desabou no bairro Conjunto Paulo VI, em Belo Horizonte, relatou à reportagem da Itatiaia o desespero ao perder a única fonte de renda da família. No local do incidente, moradores do bairro se mobilizaram para resgatar algumas das vítimas, inclusive um adolescente de 15 anos que precisou da ajuda do Corpo de Bombeiros após ficar soterrado. A tragédia deixou não só prejuízos materiais, mas marcas profundas nas vidas dos moradores. A dona do salão, abalada, desabafou: ‘Perdi tudo, foi desesperador’. A equipe de reportagem presente acompanhou de perto os momentos de tensão e solidariedade, registrando os esforços dos vizinhos para auxiliar no resgate das vítimas. A adolescente que ficou soterrada foi socorrida a tempo, mas a situação exigiu intervenção especializada para garantir sua segurança. A união da comunidade foi fundamental para minimizar os danos e prestar socorro às pessoas afetadas pela tragédia, mostrando o valor da solidariedade em momentos de adversidade.

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