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‘Enquanto as vítimas se calam o agressor está a solta’, diz psicóloga sobre violência contra mulher

Última atualização 17/12/2018 | 12:10

Recentemente casos de violência contra a mulher estão sendo cada vez mais discutidos, o que antes poderia ser considerado um tabu, agora é visto como um problema de saúde pública para a Organização Mundial de Saúde. Como é o caso mais recente divulgado na imprensa em que mais de 300 mulheres denunciaram o médium João de Deus por abuso sexual ao Ministério Público de Goiás (MPGO).

Em entrevista ao Diário do Estado, a psicóloga Cristalla Sumahia, explicou que a violência contra a mulher é caracterizada como qualquer ato que cause dano físico, sexual e psicológico, que vai desde uma agressão simples até ameaças e privação da liberdade. Cristalla explica que a violência causa consequências psicológicas e sociais, que podem prejudicar a autoimagem da mulher. ” A vítima pode desenvolver uma depressão, transtorno alimentar e até síndrome do pânico, fora as outras consequências relacionadas a baixa autoestima”, diz.

Em uma semana, mulheres de todo o país quebraram o silêncio e denunciaram abusos que em alguns casos aconteceram há mais de dez anos. Muitas mulheres tomaram coragem depois que a holandesa Zahira Leeneke Maus contou sua história em rede social e para a televisão. Em relação a esse medo ou essa demora em denunciar, a psicóloga explica que por ser considerado um crime muito grave e quem em muitos casos não existem provas concretas, muitas mulheres se sentem inseguras e constrangidas. Porém, a profissional salienta a importância da denúncia, “Se a mulher se sentir violentada ou violada em todos os seus direitos, ela deve fazer essa denúncia até para evitar que outras situações como essa ocorram, com ela ou com outras pessoas”.

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