Na maioria das vezes, o embrião não se forma e, nos poucos casos em que se desenvolve, pode apresentar alterações genéticas que resultam em malformações inviáveis, levando à morte embrionária nas fases iniciais da gravidez. Sue Yazaki Sun, da Febrasgo, explica que o organismo pode simular uma gravidez devido ao crescimento desordenado do tecido da placenta, elevando os níveis do hormônio HCG e gerando sintomas semelhantes aos da gestação. Isso faz com que os testes de farmácia acusem positivo. Existem duas formas da condição: mola completa, com embrião doente, e mola incompleta, sem formação de embrião, mas com tecido molar gerando altos níveis de beta HCG.

Raquel Magalhães, do Hospital Nove de Julho, destaca que essa condição rara pode acarretar complicações como hemorragia, choque hipovolêmico, pré-eclâmpsia, arritmia cardíaca e outras. Maurício Abrão, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, menciona que, a longo prazo, pode surgir a doença gestacional persistente, mas o tratamento adequado garante alta chance de cura. O tratamento inicial envolve a remoção do tecido anormal e monitoramento dos níveis de HCG até a normalização. Recomenda-se não engravidar durante esse período, que varia de seis meses a um ano.