Saiba como fazer tratamento psicológico por meio de permuta em Goiânia

A primeira forma de pagamento em transações comerciais na história da humanidade foram as trocas. Na ausência do dinheiro como conhecemos atualmente, um par de sapatos poderia valer algumas sacas de alimento. O mundo contemporâneo repaginou a ideia e plataformas na internet fazem sucesso com a possibilidade de oferecer e receber produtos e serviços em apenas um clique.

O atendimento psicológico é um dos atrativos para os cadastrados. Funciona assim: o anunciante expõe a sua “moeda de troca” e, se alguém se interessar, ocorre o pagamento digital chamado X$, equivalente ao real sendo 1R$ valendo 1X$. O crédito pode ser usado consumindo itens oferecidos em qualquer segmento ou localidade disponíveis pela plataforma. Dona de uma loja de importados na  XporY.com, a empresária Staycy Martins usou e aprovou a ideia.

“Achei muito bacana poder contar com uma coisa pela qual eu precisava fazer com frequência. E poder pagar usando permuta para mim era melhor ainda. Para mim é algo muito prático e econômico, porque eu posso usar um serviço ou adquirir um produto importante para meu dia a dia por meio da troca, assim deixo de gastar em reais. Eu já indiquei para várias pessoas e continuo indicando”, afirma.

A quantidade de profissionais liberais presentes no site surpreendeu os idealizadores. A explicação seria alta na procura pelos serviços da categoria e crise financeira. Foi o cenário perfeito para interligar pessoas que já tinham ou desenvolveram problemas de saúde mental com tantos psicólogos, psiquiatras e terapeutas fechando sessões online por meio de permutas atuando homeoffice.

O sócio-fundador da empresa e especialista em economia colaborativa, Rafael Barbosa afirma que já são mais de 12 mil membros cadastrados. O incentivo parte tanto de quem aderiu à modalidade quanto de instituições como Sebrae , que sugerem as permutas multilaterais para os micro e pequenos empreendedores. Uma dessas pessoas é a psicóloga Márcia Gaioso, que presta serviço nessa modalidade há cinco anos. Ela disse que aumentaram os casos de pacientes com sintomas emocionais e físicos causados pela pandemia.

“Entre as maiores queixas estão o medo, sentimento de não ter saída e não enxergar a solução, isso em relação a questões emocionais. Fisicamente elas sentem aperto no peito, falta de ar, taquicardia, tontura e alterações de sono. A oportunidade de disponibilizar sessão de terapia via plataforma surgiu a partir de uma indicação de uma amiga empresária do ramo de roupas, que já estava na XporY.com. Atendo pessoas de todo o País, via on-line”, explica, ressaltando que o atendimento virtual é autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia.

Gostou da ideia? Para participar da plataforma, o interessado deve acessar e se cadastrar gratuitamente pelo aplicativo da XporY.com, disponível para iOS ou Android, ou pelo site www.xpory.com. Além da ausência do custo de adesão, os membros da plataforma também não pagam valor mensal de manutenção e nem comissão sobre as vendas no site. Somente na hora de consumir, é que se paga apenas uma taxa de 10% em reais sobre o valor da compra.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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