Entenda o que é vitiligo, condição de Natália Deodato do BBB

Entenda o que é vitiligo, condição de Natália Deodato do BBB

A dançarina, modelo e empreendedora Natália Deodato, de Belo Horizonte (MG), é uma das integrantes do Big Brother Brasil 2022, programa exibido pela TV Globo, com estreia nesta segunda-feira (17). A integrante do reality descobriu vitiligo com 9 anos de idade.

O vitiligo é uma doença autoimune, de origem genética e não é contagiosa. As primeiras manchas podem aparecer em qualquer fase da vida. Apesar da relação com a genética, é uma doença adquirida, já que a pessoa não nasce com os sintomas. Em alguns casos, o vitiligo também pode estar associado a outras doenças autoimunes, como lúpus.

“Tem fatores ambientais e emocionais que, geralmente, desencadeiam o vitiligo na pessoa que tem a tendência genética. Pode ser, por exemplo, um estresse, uma separação ou perda muito grandes”, explica a chefe do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), Camilla Borges.

Diagnóstico e cuidados

Em geral, o diagnóstico é clínico, feito com observação do médico e conversa para investigar como as manchas surgiram. A biópsia também pode ser solicitada. Quem tem vitiligo segue a vida normalmente tendo que tomar apenas cuidados específicos em relação ao sol, com filtro solar, além de não expor as manchas à luz solar, pelo risco de queimaduras.

Quem tem a tendência ao vitiligo deve evitar machucados porque existe a predisposição de desenvolver manchas na área onde se machucou. No entanto, não se fala em prevenção da doença, por ser de cunho genético.

Tratamento do vitiligo

Um dos tratamentos disponíveis para casos extensos de vitiligo é o tratamento oral. Além dele, existe a Fototerapia. O Hospital das Clínicas da UFG é, atualmente, o único local que oferece o procedimento de forma gratuita, pelo SUS, no estado de Goiás. Hoje, cerca de 150 pacientes fazem tratamento com Fototerapia no HC/UFG. A máquina usada tem raios ultravioletas A e B e estimula a pigmentação da pele. “É tudo muito bem monitorado, o paciente com vitiligo entra na máquina e expõe suas manchas na Luz Ultravioleta. A energia e o tempo em que a pessoa fica exposta são regulados de acordo com cada caso”, explica a dermatologista do HC/UFG.  Já para os casos em que o vitiligo é localizado em algumas áreas do corpo, é possível tratar com imunomoduladores e corticóides tópicos.

Procurar o tratamento cedo, logo após o diagnóstico, aumenta as chances de volta da pigmentação na pele. Segundo a médica, os casos de vitiligo generalizado são mais complexos de tratar. Nos casos em que as manchas chegam a mais de 50% do corpo, alguns pacientes optam pela despigmentação total da pele. No entanto, o procedimento é bastante conversado e analisado entre paciente e médico, já que não tem possibilidade de reversão.

Preconceito

De acordo com a dermatologista, o preconceito em relação à doença existe e tem impacto emocional para quem o sofre.

“Toda doença na pele acaba tendo certo tipo de preconceito porque algumas pessoas pensam que é contagioso. E a outra pessoa que percebe este olhar acaba se sentindo inferior, com vergonha do corpo, às vezes usa roupa comprida, inclusive”, afirma a médica.

Em uma seção reservada para falar do vitiligo em sua rede social, Natália Deodato fala da importância de se amar e de não aceitar que outras pessoas a diminuam. “Não deixar nada em ninguém diminuir seu valor. Não deixar as pessoas te tratarem de qualquer forma”, escreveu.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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