O corpo da adolescente que faleceu após consumir um ovo de Páscoa alegadamente envenenado foi sepultado na cidade de Imperatriz, localizada no estado do Maranhão. Evely Fernanda Rocha Silva, de apenas 13 anos, veio a óbito na última terça-feira, em decorrência de complicações relacionadas à intoxicação. O enterro da jovem ocorreu no cemitério Bom Jesus, na tarde desta quarta-feira.
O cenário de despedida foi marcado por intensa comoção entre familiares e amigos da adolescente. O pai das vítimas do presumível envenenamento esteve presente no velório, porém permaneceu em silêncio durante a maior parte do tempo. Evely foi uma das vítimas do evento envenenado, juntamente com o irmão, Luís Fernando Rocha Silva, de apenas 7 anos, que veio a falecer poucas horas após consumir o chocolate.
A principal suspeita de ter cometido o crime é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos. Segundo informações da Polícia Civil, ela teria enviado o ovo supostamente contaminado por ciúmes e desejo de vingança. Atualmente, o Instituto de Criminalística está realizando exames nas amostras biológicas das vítimas e do chocolate envenenado, com o intuito de identificar as substâncias utilizadas no suposto envenenamento.
Mirian Lira, mãe das crianças falecidas, deixou o hospital após o ocorrido. Em uma entrevista para a TV Mirante, ela expressou a incerteza sobre como será sua vida dali em diante. Pediu por justiça, pois perdeu os dois filhos de forma irreparável. Mirian e seus filhos passaram mal após consumirem o ovo de Páscoa, que foi supostamente enviado por Jordélia.
A polícia suspeita que o suposto crime tenha sido motivado por vingança, já que Jordélia mantinha um relacionamento conturbado com o ex-marido de Mirian. A suspeita teria enviado o chocolate contaminado como forma de retaliação. Após análises das evidências disponíveis, a Polícia Civil chegou à suspeita de Jordélia, detalhando um suposto plano premeditado do envenenamento.
As investigações apontam que Jordélia teria viajado cerca de 384 km para comprar o chocolate envenenado e enviá-lo à família. Ela foi presa em flagrante logo após a transação. A suspeita se passou por outra pessoa ao realizar a compra e ao reservar um hotel, utilizando nome falso e disfarces para não ser identificada. As provas coletadas serão fundamentais para esclarecer os detalhes do crime.
Jordélia, que possui um histórico como esteticista, estava envolvida em atividades religiosas e aparentava ter uma rotina estável. Ainda, a suspeita é mãe de dois filhos e parece ter desempenhado um papel ativo no envenenamento, de acordo com as averiguações policiais. A comunidade local foi impactada pela brutalidade do crime e aguarda por respostas concretas por parte das autoridades competentes.