Dezenas de pessoas compareceram ao enterro dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Carlos Eduardo Mariath Macedo e Rodrigo Pizetta Fraga, que perderam suas vidas durante uma perseguição na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. O clima de tristeza prevaleceu durante a cerimônia no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste da cidade, onde os corpos foram sepultados. Os familiares e amigos prestaram as últimas homenagens, cercando as capelas 4 e 5, onde os agentes eram velados. Coroas de flores foram doadas, com mensagens de saudade e respeito.
Um dos parentes dos agentes, o tio Rodrigo Mattoso, expressou sua dor e incredulidade diante da tragédia. Ele descreveu Carlos como um pai exemplar e uma pessoa querida por todos, deixando uma esposa e dois filhos pequenos, um de dois anos e outro de nove. A esposa de Carlos, Rafaela, está abalada com a perda, especialmente por ter que cuidar dos filhos sozinha. A despedida foi marcada pela presença de colegas de farda, que vieram em comboio da superintendência regional da PRF na Zona Norte, incluindo o superintendente Vitor Almada.
Uma colega de profissão que preferiu não se identificar descreveu a perda dos agentes como “irreparável”, destacando a competência e dedicação deles. Carlos, que atuava na Delegacia de Duque de Caxias, era torcedor do Vasco e deixa esposa e filhos. Já Rodrigo, pai de uma menina e torcedor do Flamengo, também era admirado pelos colegas. A terceira vítima, o agente Diego Abreu de Figueiredo, foi homenageada em outro funeral no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na mesma tarde.
O acidente que resultou na morte dos agentes ocorreu durante uma perseguição a um motociclista sem capacete na Avenida Brasil. A viatura da PRF perdeu o controle e colidiu com um carro de passeio em Parada de Lucas, na Zona Norte. Yuri Zarjitsky Carvalho, o quarto agente envolvido, sobreviveu com ferimentos leves. As investigações estão em andamento na 38ª DP (Brás de Pina), que busca imagens de câmeras de segurança para esclarecer o ocorrido. A perseguição teria se estendido por 20 quilômetros, sem que a localização exata do início tenha sido informada pela PRF.
A comunidade policial está abalada com as perdas e demonstrando solidariedade aos familiares e colegas dos agentes falecidos. É evidente o impacto da violência no Rio de Janeiro, com os policiais enfrentando riscos diariamente em sua missão de combater a criminalidade. A coragem e determinação dos agentes são reconhecidas por todos, apesar das dificuldades e perigos envolvidos. A lembrança dos agentes falecidos permanecerá marcada pela dor, saudade e admiração pela sua bravura e dedicação à proteção da sociedade.