Entidades de Proteína Animal se Reúnem para Encerrar Boicote ao Carrefour: Decisão após Retratação da Empresa no Brasil – Igor Gadelha

Igor Gadelha

Entidades do setor de proteína animal se reúnem na terça-feira (26/11) para discutir fim do boicote ao Carrefour, após empresa se retratar

Entidades que representam o setor de proteína animal devem encerrar o boicote ao DE no Brasil após o grupo recuar da decisão de suspender a compra de carne de países do Mercosul para abastecer as unidades francesas da rede.

O conselho da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) deve se reunir na tarde desta terça-feira (26/11) para definir a questão. O presidente da entidade, Marcelo Santidiz, adiantou à coluna que a tendência é que o boicote acabe.

A publicação foi feita nesta última quinta-feira (21/11). Ministro Carlos Favaro criticou medida do DE. Lira também criticou ação do DE. Fechar modal.

Carrefour na França anunciou boicote à carne do Mercosul. De acordo com o dirigente da associação, o boicote registrado nos últimos dias deve acabar até para que os mercados do grupo DE no Brasil sejam abastecidos com carnes para os festejos de Natal de 2024.

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“A gente vai se reunir para definir isso. Mas agora que entrou o pedido de desculpa, e também quando retomarem o fornecimento, não tem motivos para continuar o boicote. Fica o desgaste com a situação, mas não podemos transmitir isso aos nossos consumidores”, afirmou Santidiz.

Integrantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), outra entidade que representa o setor de proteína animal, também devem debater o assunto, segundo apurou a coluna com fontes ligadas à instituição.

DE SE RETRATA

Como o DE noticiou, o DE divulgou novo posicionamento sobre a compra das carnes brasileiras na manhã desta terça-feira (26/11). No comunicado, a empresa ressaltou que continuará comprando a carne brasileira, como faz “há 50 anos”.

“Nossa declaração de apoio à comunidade agrícola francesa, formulada na quarta-feira passada, sobre o acordo de livre comércio com o Mercosul, causou desentendimentos com o Brasil e é nossa responsabilidade resolver”, destacou o texto.

A mudança de posicionamento da rede de supermercados ocorreu após frigoríficos, hotéis, bares e restaurantes brasileiros promoverem boicote à rede varejista em retaliação às falas do CEO da empresa, Alexandre Bompard.

A postura do CEO chegou a gerar ruído diplomático. A embaixada do Brasil na França se manifestou em defesa do produto brasileiro e afirmou que a declaração do executivo “reflete opinião e temores infundados” sobre a pecuária brasileira.

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do DE.

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Arthur Lira critica carta de desculpas do Carrefour e avança com Projeto de Lei de reciprocidade econômica

Arthur Lira, presidente da Câmara, expressou sua desaprovação em relação à carta de desculpas enviada pelo Carrefour. Segundo ele, a carta não foi suficiente para amenizar o dano causado à imagem da empresa. Em suas palavras, a iniciativa foi considerada “muito fraca” diante do estrago provocado. Além disso, Lira afirmou que irá avançar com um Projeto de Lei de “reciprocidade econômica” como forma de resposta ao episódio.

Durante sua participação em uma reunião da Frente Parlamentar da Agricultura, Arthur Lira reforçou sua visão sobre a carta de desculpas do Carrefour. Para ele, o documento não foi capaz de reparar os danos causados pela crítica à carne brasileira e do Mercosul. O presidente da Câmara destacou a necessidade de avançar com o projeto de reciprocidade econômica como medida de resposta ao ocorrido.

O PL em questão, de número 1.406/2024, propõe que o governo brasileiro apenas assine novos acordos comerciais com países que possuam cláusulas ambientais semelhantes. O objetivo é garantir uma postura mais equilibrada nas relações comerciais estabelecidas pelo Brasil. A urgência em votar o projeto pelo plenário da Câmara foi ressaltada, visando evitar que passe por outras comissões.

Durante a reunião da Frente Parlamentar da Agricultura, Arthur Lira criticou o protecionismo francês, chamando-o de “burro”. Ele defendeu a necessidade de combater a desinformação e as críticas infundadas aos produtos brasileiros. Além disso, afirmou que a França não é um parceiro atrativo para o Brasil, destacando a falta de benefícios para os produtores brasileiros em possíveis acordos.

Diante do episódio envolvendo o Carrefour, o presidente da Câmara sugeriu a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. Em sua visão, é importante esclarecer quais são as tratativas em curso entre Brasil e França, visando responsabilizar as empresas francesas por suas ações. Ações como essa são consideradas necessárias para garantir a transparência nas relações comerciais internacionais.

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