Nove entidades ligadas ao saneamento publicaram, juntas, uma carta aberta de repúdio à proposta de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) assinada pelo ex-governador e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Para o grupo, o tucano afronta a dignidade dos goianos ao tentar impedir investimentos nos serviços essenciais de fornecimento de água e esgoto tratados.
A carta chama atenção para o risco de o saneamento passar pelo mesmo “desastre” da antiga concessionária de energia de Goiás, a Celg, privatizada por Marconi em 2017. E entende que a medida instituída pelo Estado é única possível para manter uma política de subsídio cruzado entre os municípios mais e menos favorecidos, com a manutenção de uma tarifa única.
De forma direta, a Lei das Microrregiões cria estruturas regionais para a prestação do serviço, organizando blocos de municípios e garantindo investimentos de forma regionalizada. Desta forma, as cidades menores – que exigem recursos vultosos sem retorno financeiro proporcional – não ficarão prejudicadas.
“Lutamos por uma Saneago pública e de qualidade para ser capaz de levar saneamento a todo estado de Goiás, sem privatizações. Não se pode deixar repetir o exemplo da Celg D”, finaliza a carta assinada pelas seguintes entidades:
- ABES/GO – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
- ACESAN – Associacao Dos Administradores, Contadores E Economistas Da Saneago
- ADESAG – Associação dos Advogados Estatais. da Saneago
- ASAN – Associação dos Agentes Administrativos da Saneago
- ASES – Associação dos Engenheiros da Saneago
- ATISA – Associação dos Técnicos Industriais da Saneago
- MUSAS – Instituto Mulheres do Saneamento
- SENGE -Sindicato dos Engenheiros do Estado de Goiás
- STIUEG – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás