Entre candidatos ao governo de Goiás, Major Vitor Hugo é quem mais recebeu recursos

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Entre candidatos ao governo de Goiás, Major Vitor Hugo é quem mais recebeu recursos

Entre os nove candidatos ao governo de Goiás nas Eleições de 2022, Major Vitor Hugo (PL) é quem mais recebeu recursos até o momento. O candidato alinhado ao atual presidente Bolsonaro (PL) declarou à Justiça Eleitoral mais de R$ 7 milhões em doações. Em seguida, aparecem Ronaldo Caiado (UB), com mais de R$ 3 milhões, e Gustavo Mendanha (Patriota), com mais de R$ 1 milhão.

O balanço dos recursos dos candidatos

Analisando o balanço dos recursos dos candidatos ao governo de Goiás, disponível publicamente por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Major Vitor Hugo aparece com R$ 7.110.807,67 em doações. Ainda, 98% desse total é proveniente do Partido Liberal.

O financiamento do partido na candidatura de Major Vitor Hugo, de forma proporcional, só é menor do que a de Gustavo Mendanha e Wolmir Amado (PT). O petista recebe R$ 500.000,00 no total, sendo que 100% desses recursos são advindos do Partido dos Trabalhadores. Já o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia tem 99,99% dos seus recursos vindo do partido Patriota.

Dois candidatos contribuem nas próprias campanhas: Edigar Diniz (Novo) e Professora Helga (PCB). No caso de Edigar Diniz, inclusive, 65,75% de seus recursos vieram do próprio bolso. Com a Professora Helga, por outro lado, 10,2% são de contribuição própria.

Edigar Diniz também ostenta a marca de maior quantidade de doadores individuais, com 18. Ronaldo Caiado tem 11, enquanto Major Vitor Hugo tem cinco. Os únicos candidatos ao governo de Goiás que não receberam doações dos partidos foram Cintia Dias (PSOL) e Professora Helga. Por fim, Professor Pantaleão (UP) e Vinicius Paixão (PCO) não registraram prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Confira o ranking de recursos recebidos pelos candidatos ao governo de Goiás:

Major Vitor Hugo (PL): R$ 7.110.807,67

  • Direção Nacional – Partido Liberal: R$ 7.000.000,00 (98%)
  • Financiamento individual (cinco doadores): R$ 87262.67 (1,67%)
  • Financiamento coletivo: R$ 23.545,00 (0,33%)

Ronaldo Caiado (União Brasil): R$ 3.680.904,00

  • Direção Nacional – União Brasil: R$ 3.312.544,00 (89,99%)
  • Financiamento individual (11 doadores): R$ 368.360,00 (10,01%)

Gustavo Mendanha (Patriota): R$ 1.770.100,00

  • Direção Nacional – Patriota: R$ 1.270.000,00 (71,75%)
  • Direção Estadual/Distrital – Patriota: R$ 500.000,00 (28,25%)
  • Financiamento individual (um doador): R$ 100,00 (0,01%)

Wolmir Amado (PT): R$ 500.000,00

  • Direção Nacional – Partido dos Trabalhadores: R$ 500.000,00 (100%)

Edigar Diniz (Novo): R$ 94.290,00

  • Edigar Diniz (próprio candidato): R$ 62.000,00 (65,75%)
  • Financiamento individual (18 doadores): R$ 29.090,00 (30,86%)
  • Direção Estadual/Distrital – Partido Novo: R$ 3.200,00 (3,39%)

Cintia Dias (PSOL): R$ 10.000,00

  • Financiamento individual (dois doadores): R$ 10.000 (100%)

Professora Helga (PCB): R$ 2.450,00

  • Financiamento individual (dois doadores): R$ 2.200,00 (89,79%)
  • Helga Maria (própria candidata): R$ 250,00 (10,2%)

Professor Pantaleão (UP): não há prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral
Vinicius Paixão (PCO): não há prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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