Entre os convocados da Seleção, 80% não devem votar nas Eleições 2022

Seleção Brasileira Eleições 2022

Para os últimos amistosos da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo, o técnico Tite convocou 26 jogadores. Dentro desse número, 21 deles estão com situação irregular do título de eleitor ou não residem no local de votação. Portanto, 80% desses atletas não devem votar nas Eleições 2022.

Eleições na Seleção Brasileira

O levantamento quanto à situação eleitoral dos jogadores da Seleção Brasileira teve realização do Uol, levando em conta dados públicos da Justiça Eleitoral. Entre os convocados para os amistosos deste mês, 12 jogadores possuem endereço do título em um país diferente de onde jogam no momento. Além disso, cinco têm títulos em cidades diferentes de onde residem.

Ainda entre os jogadores que não devem votar nestas Eleições, quatro estão com o título cancelado. Em outras palavras, deixaram de ir às urnas em três turnos consecutivos sem justificativa junto à Justiça Eleitoral, culminando no cancelamento. Por fim, não foi possível encontrar o título de um dos atletas.

Apenas cinco estão aptos a votar no mesmo lugar em que moram atualmente. São os casos de Vinícius Júnior e Rodrygo, jogadores do Real Madrid e que moram em Madri (Espanha). No exterior, ainda há Marquinhos, do PSG, que mora em Paris (França), com situação regular. No Brasil, Pedro e Everton Ribeiro, jogadores do Flamengo, têm o título no Rio de Janeiro, cidade onde vivem.

A Seleção Brasileira vem tentando se distanciar cada vez mais da política, justamente para não acirrar os ânimos nas vésperas da Copa do Mundo. Um dos jogadores mais “ativos” quanto a pautas do tipo é o atacante Richarlison, do Tottenham. Recentemente, ele criticou o uso da camisa verde e amarela como algo ideológico.

Como mais uma forma de manter a Seleção Brasileira afastada da política, o técnico Tite já afirmou que a equipe não irá até Brasília, mesmo se levantar a taça. Em todos os outros títulos da Canarinho, o time vencedor se encontrou com o presidente da República.

Na última sexta-feira, 23, o Brasil derrotou Gana por 3×0 pelo penúltimo amistoso antes da Copa. Em seguida, o compromisso final será nesta terça-feira, 27, às 15h30, diante da Tunísia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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