Entregador baleado após abordagem do Segurança Presente: polêmica no Rio de Janeiro

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O caso do entregador baleado após uma abordagem do programa Segurança Presente na Tijuca, Rio de Janeiro, tem gerado grande repercussão. Gustavo dos Santos Fernandes, de 34 anos, saiu de casa na manhã de segunda-feira em sua bicicleta, pronto para mais um dia de trabalho, mas acabou sendo alvo de um disparo por parte de um dos agentes do programa. A versão dos policiais envolvidos e a versão da família da vítima são conflitantes, o que tem gerado muita polêmica em torno do caso.

De acordo com os policiais, eles estavam fazendo um patrulhamento na região e optaram por subir na calçada para não atrapalhar o tráfego da via. Foi durante essa ação que abordaram Gustavo, que teria reagido e tentado agredir os agentes. O militar Fernando Rodrigo da Silva da Hora alega que atirou na altura da cintura do ciclista para contê-lo e, em seguida, acionou o serviço de emergência.

Por outro lado, a família do entregador afirma que ele quase foi atropelado pelo policial na calçada e, ao reclamar, teria sido agredido pelo agente. Em legítima defesa, Gustavo teria dado um tapa no agressor, sendo retaliado com um tiro na cintura. Levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, ele passou por uma cirurgia e seu estado de saúde ainda é desconhecido. O agente responsável pelo disparo foi autuado em flagrante por abuso de autoridade e lesão corporal, podendo responder em liberdade após o pagamento de fiança.

A violência policial e a conduta dos agentes do Segurança Presente têm sido temas de debate na sociedade, trazendo à tona questões sobre abuso de autoridade e uso excessivo da força. A abordagem de policiais a cidadãos em situações como essa suscita preocupações quanto aos protocolos de segurança e à garantia dos direitos individuais.

O caso de Gustavo dos Santos Fernandes serve como alerta para a importância de se investigar a fundo a conduta dos agentes de programas de segurança pública, garantindo a transparência e a responsabilização em casos de abusos. É fundamental que sejam respeitados os direitos dos cidadãos e que a justiça seja feita de forma imparcial e efetiva.

Ainda não se sabe ao certo os desdobramentos desse trágico episódio, mas é evidente a necessidade de se repensar as práticas de segurança presentes em diversas regiões do país. A violência não pode ser uma resposta válida e é fundamental que as instituições competentes atuem de forma a garantir a proteção e a integridade dos cidadãos, respeitando os direitos humanos e promovendo um ambiente de segurança e confiança na sociedade.

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