Entregador baleado: Policial preso por tentativa de homicídio no RJ. Como está o caso?

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O QUE ACONTECEU?

O entregador Valério dos Santos Júnior contou nas redes sociais e em entrevistas que usou o chat para avisar ao cliente que não ia entregar o pedido na porta dele, mas na portaria. Segundo ele, o cliente chegou a pedir que ele fosse até o bloco, mas ele se negou a entrar. Segundo ele, o homem, então, já desceu até a portaria armado e discutindo. Um trecho da briga foi filmado por Valério, onde o policial aparece apontando a arma e atirando no pé dele.

COMO ESTÁ O QUADRO DE SAÚDE DELE?

Valério teve alta no dia seguinte, no entanto, com o projétil alojado no pé. Ele ainda não sabe se poderá fazer uma cirurgia para retirar nem quando voltará a trabalhar.

O POLICIAL ESTÁ PRESO?

Inicialmente, ele foi ouvido e liberado na própria sexta-feira. Segundo o delegado Marcos Buss, o policial procurou a delegacia falando que se envolveu em uma discussão e que sua arma fez um disparo acidental. No mesmo dia, a arma dele foi apreendida para passar por perícia e ele foi liberado. O caso tinha sido registrado como lesão corporal. Com a repercussão das imagens, onde ele aparece apontando a arma, o delegado alterou a capitulação para tentativa de homicídio e solicitou a prisão dele ao Plantão Judiciário, que foi concedida e teve o mandado expedido na madrugada de domingo (31). Ele foi preso horas depois.

A QUE O POLICIAL RESPONDE?

O caso foi registrado primeiro como lesão corporal e depois passou a ser tentativa de homicídio.

O QUE ELE DISSE NA DELEGACIA?

No depoimento, ele admitiu que a discussão era por conta da entrega do lanche e classificou a atitude como abominante e disse que ele foi afastado por 90 dias. Além disso, há um processo disciplinar contra ele. afirmou que o disparo foi acidental.

ELE FOI AFASTADO DO CARGO?

Antes da prisão, a Secretaria de Administração Penitenciária classificou a atitude como absurda e disse que ele foi afastado do cargo por 90 dias. Além disso, há um processo administrativo contra ele.

O QUE DIZ O IFOOD

A empresa reforçou que os entregadores não são obrigados a levar até a porta dos apartamentos e disse que não tolera nenhum tipo de violência contra os entregadores parceiros. Veja a nota na íntegra:

“O iFood não tolera qualquer tipo de violência contra entregadores parceiros e lamenta muito o acontecido com o entregador Valério de Souza Junior. A empresa conta com uma Política de Combate à Discriminação e à Violência para oferecer a todos um ambiente ético, seguro e livre de qualquer forma de violação de direitos. Quando as regras são descumpridas, são aplicadas sanções que podem ir desde advertências até o banimento da plataforma.

O iFood esclarece também que a obrigação do entregador é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio. Essa é a recomendação passada aos entregadores e aos consumidores. Em 2024, a empresa lançou no Rio de Janeiro a campanha Bora Descer, que tem o objetivo de incentivar os clientes a irem até a portaria de seus condomínios para receber os pedidos de delivery, como forma de respeito aos entregadores.

O iFood vai disponibilizar ao entregador Valério os serviços da Central de Apoio Jurídico e Psicológico, oferecido em parceria com a organização de advogadas negras Black Sisters in Law, garantindo acesso à justiça e assistência emocional ao parceiro. A empresa está à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário.

Esperamos que o caso não fique impune e que Valério Junior se recupere rapidamente.”

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