Entregador baleado por policial penal em Jacarepaguá retorna ao IML: ‘Bala ainda está no meu pé’ – História de violência no RJ.

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Entregador baleado por policial penal, em Jacarepaguá, volta ao IML: ‘A bala ainda está no meu pé’

Valério Júnior filmou o momento em que José Rodrigo da Silva Ferrarini fez o disparo em sua direção por ter se recusado a subir com a refeição. Após o terrível incidente, Valério Júnior, o motociclista e entregador atingido pelo tiro, voltou ao Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. Em uma cadeira de rodas e com o pé direito enfaixado, ele protocolou exames e laudos que serão juntados ao inquérito da 32ª DP (Taquara).

O rapaz, que gravou o momento em que foi baleado, ainda enfrenta complicações com a bala alojada em seu pé. A dor é constante, pois ele precisa manter o pé elevado o tempo todo. Os médicos informaram que é necessário aguardar a cicatrização para avaliar a possibilidade de uma cirurgia, devido à presença de uma veia importante na região afetada.

Além das questões físicas, Valério também está cuidando de sua saúde mental. O iFood ofereceu suporte com atendimento psicológico, algo fundamental para lidar com o trauma do evento. O entregador afirmou que começou a terapia psicológica fornecida pela empresa e está buscando se recuperar emocionalmente.

Preocupado com a proximidade de residência em relação ao policial que o baleou, Valério revelou que mora no mesmo condomínio vizinho de Ferrarini, o que o deixa apreensivo. A prisão temporária de Ferrarini por 30 dias trouxe algum conforto, mas Valério segue temeroso em relação ao desfecho do caso e à necessidade de justiça prevalecer.

O ataque contra o motociclista ocorreu em agosto, quando se recusou a subir até o apartamento de Ferrarini. O policial penal decidiu atirar enquanto Valério gravava o ocorrido, sendo posteriormente socorrido e liberado no hospital. O agente foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e preso. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afastou o policial e abriu um processo disciplinar, condenando sua conduta.

A história de Valério Júnior serve como exemplo da violência urbana crescente no Rio de Janeiro. É fundamental que casos como esse não sejam esquecidos e que a justiça prevaleça diante de atos tão atrozes. É preciso cuidar não só do aspecto físico das vítimas, mas também de seu bem-estar emocional após vivenciarem situações tão traumáticas. A solidariedade e o apoio são essenciais para ajudar na recuperação dessas pessoas que enfrentam um longo caminho de superação.

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